Vídeo: Regina diz que viveu momentos de “dor e êxtase” no governo Bolsonaro
A atriz publicou um vídeo nas redes sociais no qual conta como foi a trajetória dela como secretária de Cultura no Executivo
atualizado
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A atriz Regina Duarte publicou nesta quinta-feira (11/6), nas redes sociais, um vídeo no qual fala sobre a breve passagem dela no governo federal como secretária de Cultura. Exonerada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Regina disse que os três meses dela à frente da pasta foram “intensos”, de “dor, êxtase, insegurança, risos e lágrimas”.
“Aqui eu tive momentos de dor, de êxtase, tive inseguranças, risos, lágrimas… São troféus que eu vou levar para o resto da minha vida”, resumiu a atriz já no fim do vídeo, que tem cerca de 14 minutos. Emocionada, Regina agradeceu o apoio e citou a atividade dela na Secretaria.
A atriz admitiu ter “muito orgulho” da trajetória dela e lembrou dos dias extensos de trabalho quando a pandemia do novo coronavírus avançou no país. Regina contou que chegou a passar 12 horas para implementar medidas para mitigar o impacto da Covid-19 na classe artística.
“Meus três meses foram intensos, tempo de muito trabalho e aprendizado. Não vou esquecer nunca que no dia seguinte da minha posse deram os primeiros casos de suspeita da Covid-19. A partir daí passamos a viver momentos angustiantes”, lembrou.
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Sobre os desafios de gestão, Regina afirmou que a maior delas foi a “lentidão burocrática”. “Encontrei a Cultura dividida e submetida a dois ministérios: da Cidadania e do Turismo. Exemplo disso foram as cinco semanas dispendidas na aprovação da minha primeira instrução normativa”, disse. As INs tratavam das normas criadas para socorrer artistas durante a pandemia.
Intolerância política
Regina defendeu ainda a “pluralidade” da Cultura e criticou o “ambiente raivoso” de parte do setor cultural. “A crítica desprovida de argumentos construtivos é uma anomalia que se resistiu e eu acho que precisa ser combatida. Esse bater por bater, que acontece muitas vezes no meio politico, é prejudicial à nação. E mais ainda com quem lida com o fazer cultural”.
“Objeto da cultura é o respeito à pluralidade, que deveria ser tratada em um terreno superior, acima da água escura da intolerância política. Continuo acreditando no sonho de trilharmos o caminho do meio. Vou continuar lutando por respostas que escapem do ambiente raivoso que acomete parte do setor artístico”.