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Vídeo: prefeito atribui tragédia no RS à falta de igrejas no estado

A declaração do prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP-SC) gerou polêmica nas redes sociais

atualizado

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O prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP-SC), gerou polêmica ao atribuir a tragédia climática no Rio Grande do Sul à falta de igrejas e a grande quantidade de centros de umbanda no estado. Até o momento, 169 pessoas morreram e mais de 2 milhões foram afetadas pela catástrofe. A declaração foi dada em entrevista à Rádio FM Litoral.

Veja: 

“O que está acontecendo lá no Rio Grande do Sul? É aquela enchente. Mas aí nós fomos ver uma estatística aí, e é o estado que menos tem igreja. E lá é centro de [umbanda]… que não agrada aos olhos de Deus. Será que Deus não está chamando eles a uma responsabilidade?”, disse o prefeito.

O político também não citou a fonte da estatística sobre templos religiosos no estado. Valdemar Rocha aproveitou para comparar o carnaval brasileiro as últimas catástrofes que assolaram o país.

“Se você analisar, depois daquele carnaval que pegaram Jesus, qual é a situação no nosso Brasil hoje? É para nós refletir. Será que Deus não está chamando eles de responsabilidade? Lá na frente nós vamos entender por que aconteceu”.

O Metrópoles procurou a prefeitura municípal de Balneário Barra do Sul para comentar o caso mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Revolta nas redes sociais

O vídeo repercutiu nas redes sociais e internautas se revoltaram com as falas do prefeito.

“É surreal o que estamos testemunhando. Essa insanidade e fundamentalismo religioso estão dominando. Um cara desses é prefeito eleito, não é um bebum qualquer falando besteira em um boteco”, diz um.

“Um sujeito desse que usa a fé dos outros para exalar sua ira e discriminação e ódio. LAMENTÁVEL, quanta ignorância”, escreve um segundo.

Pena para intolerância religiosa

No Brasil, a lei prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas.

A pena será aumentada até metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa. A punição é a mesma prevista pelo crime de racismo.

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