Vídeo: policial de Rondônia mata pit-bull com tiro na cabeça
O aluno sargento Humberto Rezende caminhava acompanhado de outro cão, um rottweiler, e disse, em boletim de ocorrência, que se defendeu
atualizado
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Um policial militar de Rondônia é acusado de atirar e matar um cachorro da raça pit-bull na segunda-feira (8/8). O caso aconteceu no município de Ji-Paraná, em Rondônia. O homem é o aluno sargento Humberto Pinheiro Rezende, que caminhava acompanhado de outro cão, um rottweiler. Ele mora próximo à casa da família do animal morto.
Humberto e o cachorro passavam à frente da casa de Danielle Lisboa, dona da pit-bull Frida. O animal correu ao portão para ver quem estava no local. A propriedade da família, porém, passa por reforma e parte do muro está coberta por tapumes, de forma provisória.
Por uma fresta, a cadela conseguiu escapar. Humberto, então, atirou na cabeça do animal. No boletim de ocorrência, registrado por ambas as partes, o policial militar disse ter agido para se defender. O animal morreu na hora, fato constatado por uma veterinária que mora próximo à residência.
A família gravou as cenas logo depois do tiro ser disparado. Nas imagens, a dona e outros parentes choram a morte da cadela. O policial Humberto chega a dar um “tchauzinho” para a câmera.
Veja o vídeo:
Tudo aconteceu muito rápido, afirmou a tutora do animal morto. “Uma hora, a minha cadela está quietinha, perto do meu escritório. O [outro] cachorro chega, ela levanta a cabeça, mostrando que está atenta, que ouviu algum barulho, corre até o tapume, volta rapidinho até o lado do canil onde ela ficava… A cena é coisa de segundos. Ela saiu por uma frestinha desse tapume”.
Nesse meio tempo, Danielle correu para tentar pegar a cachorra, temendo que um carro viesse a atropelá-la. Então, ouviu um estampido, que pouco depois vizinhos afirmaram ser um tiro. E viu que a vítima tinha sido a Frida.
A tutora reclamou da força desproporcional utilizada pelo PM. “Ele podia ter chutado o animal, podia ter se esquivado. Ele é um homem de quase dois metros de altura. Ele não podia, só por estar armado, dar um tiro na cabeça do meu cachorro”, contestou Danielle.
A reportagem tentou contato com o acusado e com a Polícia Militar de Rondônia, mas ainda não obteve retorno. O espaço permanece aberto à manifestação das partes.