Vídeo. PM que deu tapa em rosto de mãe que espancou filha se pronuncia
Em pronunciamento, policial militar afirma que falhou, mas que “atrás de uma farda existem seres humanos”. Corporação investiga conduta
atualizado
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Identificada como Fabíola Aniely da Conceição, a policial militar que deu um tapa no rosto de uma mãe suspeita de agredir a filha de 11 anos, na última sexta-feira (26/4), no município de Vitória de Santo Arão (PE), se pronunciou por meio das redes sociais sobre o ocorrido.
No vídeo, repostado pela página “Fato Vitória”, que publica notícias locais, a policial militar afirma que falhou, mas que “atrás de uma farda existem seres humanos” e negou que tenha disponibilizado qualquer chave Pix com o objetivo de arrecadar dinheiro para pagar um advogado. Assista:
“A minha intenção nunca foi me promover em cima de ocorrência nenhuma. Tudo que eu faço é com amor e carinho. Amo minha profissão. Hoje a minha maior preocupação não é o engajamento nem a quantidade de xingamento que eu tô recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como ela tá, porque ela sofreu agressão física e principalmente psicológica”, diz Fabíola Aniely.
A policial afirma, ainda no pronunciamento, que não sofreu nenhum tipo de machismo dentro da corporação e que teve apoio “do início ao fim” de seus colegas de profissão que estavam no local da ocorrência, incluindo o oficial responsável durante aquele dia e o comandante do batalhão, bem como aqueles que estavam de folga. Ela ainda agradeceu o apoio da sociedade em geral, como advogados, políticos, psicólogos, além da própria família. Fabíola, entretanto, explica que, por fazer parte de uma instituição militar, existem vários procedimentos que são “de praxe”.
“Eu não sei se vou ser punida, porém, se for, eu vou cumprir porque estamos sujeitos a falhas. Eu falhei, porém, atrás de uma farda existem seres humanos. Enquanto o serviço de segurança pública for efetuado por pessoas e não for substituído por máquinas, robôs ou algo parecido, vão haver falhas. Por trás de uma farda existem pessoas, um homem, uma mulher e mãe”, finalizou a policial.
Em nota, a Polícia Militar (PM) diz que “para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado” e que “outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento”.
Entenda o caso
Conforme noticiado pelo portal Diario de Pernambuco, parceiro do Metrópoles, uma menina de 11 anos foi espancada pela mãe, na última sexta-feira (26/4), em Vitória de Santo Antão (PE). O caso foi denunciado pelos vizinhos, que resgataram a menina e acionaram a polícia.
A menina, que estava com ferimentos nos braços e pernas e com dificuldade para andar, foi levada ao Hospital João Murilo de Oliveira pelos vizinhos. A mãe, entretanto, teria tentado interferir no atendimento. Foi neste momento que policiais militares do 21ºBPM chegaram ao hospital, entre eles, Fabíola Aniely da Conceição, que deu um tapa no rosto da mãe da menina.
A mulher acusada de agredir a filha foi detida e o Conselho Tutelar acionado. Em relação à policial militar Fabíola Aniely da Conceição, a PM informou que abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da abordagem policial e tomar as providências necessárias.