Vídeo mostra últimos momentos de turista que morreu afogado em Noronha
Homem praticava plana sub quando se afogou. Acidente ocorreu no último dia 20
atualizado
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Vídeos obtidos pelo G1 mostram os últimos momentos de José Edvaldo da Silva, de 52 anos, que morreu afogado no último dia 21, em Fernando de Noronha (PE).
As imagens mostram a vítima no mar e foram feitas por outro turista que estava no barco. É possível ver o homem mergulhando, mas, segundo a esposa, Elizabeth Verneque Cordeiro Silva, o vídeo não registra o momento do afogamento.
Já a segunda gravação foi feita por Elizabeth e mostra o casal chegando ao local do acidente. “Vamos lá, mais uma aventura”, diz ela na filmagem.
Veja as imagens abaixo:
Passeio
José Edvaldo praticava o esporte plana sub quando se afogou. A prática é uma espécie de mergulho de reboque e consiste em segurar uma prancha que é puxada por um barco.
Segundo a esposa da vítima, o casal já havia feito a atividade na primeira vez em que visitou a ilha, há seis anos. A diferença foi que, desta vez, o passeio foi em grupo e puxado por um catamarã, ao invés de individual e com uma lancha.
“Fomos de boa. Já sabíamos como que era. Inclusive, esse passeio de barco já tinha sido marcado desde casa. Antes de chegarmos, tinha agendado. Ele queria muito fazer. Perdemos o agendamento da terça porque estávamos numa trilha, mas assim que voltamos para a pousada, ele remarcou para quinta”, conta Elizabeth.
Acidente
Na data, Elizabeth diz que o passeio demorou entre 10 e 15 minutos. Ela não ficou ao lado do marido durante o mergulho e, assim, não viu o momento exato do afogamento.
“Não era algo perigoso. As águas eram calmas. Reparei que ele deu uma mergulhada, não era profunda, mas deu. Como ele não tinha experiência, pode ter acontecido alguma coisa embaixo e ele não conseguiu subir de volta. Mas uma coisa que me marcou foi que, antes de mergulhar, ele disse que não iriamos ver o pôr do sol”, afirma a esposa.
Assim que terminou o passeio, Elizabeth, que teve mais dificuldade para sair da água, subiu no barco e procurou pelo marido para contar sobre a experiência. Após não encontrá-lo, a mulher perguntou à equipe onde ele estaria.
“Um moço falou pra mim que achava que ele poderia estar no banheiro. Fiquei nervosa na hora, em pânico. Quando vi a porta do banheiro fechada, fiquei aliviada. Mas bateram e tiveram que arrombar. Ele não estava lá. Me ajoelhei no barco e fiz uma oração.”
A esposa conta que todos que sabiam nadar entraram no mar para tentar achá-lo. “A alguns metros do barco, cheguei a ver uma mão fazendo sinal, pedindo ajuda. Achei que era meu marido, mas era uma mergulhadora”, afirma.
José Edvaldo foi resgatado pela profissional e chegou a ter os batimentos cardíacos recuperados. O Corpo de Bombeiros encaminhou a vítima até o hospital, onde aguardou a estabilização do quadro para que fosse transferido para Recife.
No entanto, ainda na noite do acidente, José Edvaldo teve mais duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A causa da morte foi registrada como asfixia por afogamento, na declaração de óbito do IML.