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Vídeo mostra suspeita de envenenamento comprando alimentos em Goiânia

Amanda Partata, de 31 anos, foi presa sob suspeita de envenenar e matar o pai e a avó do ex-namorado. Ela tomou café da manhã com as vítimas

atualizado

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Divulgação/PCGO
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1 de 1 imagem colorida amanda partata compra alimentos em emporio - Foto: Divulgação/PCGO

Goiânia – Câmeras de segurança de um empório na capital goiana registraram a advogada Amanda Partata, de 31 anos, comprando alimentos para um café da manhã na casa da família do ex-namorado. A mulher foi presa na quarta-feira (20/12), sob suspeita de matar envenenados o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86.

O crime aconteceu no último domingo (17/12), mesma data das imagens. A corporação acredita que Amanda tenha envenenado a família do ex ao adicionar material tóxico em um suco, pelo fato de o veneno ser de mais fácil dissolução no meio líquido. Até o momento, ainda não se sabe qual foi a substância utilizada para matar mãe e filho.

Veja o vídeo:

 

Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), é possível ver que a suspeita compra alimentos e um suco de uva. Segundo o delegado responsável pela investigação do crime, as compras foram realizadas em um empório no Setor Marista. Entre os alimentos estavam pão de queijo, biscoitos, suco e bolos no pote, que chegaram a ser a suspeita inicial do envenenamento.

De acordo com a polícia, após as compras, Amanda voltou para o hotel onde estava hospedada, antes de se dirigir à casa da família do ex. Dessa forma, a corporação não sabe ao certo se a manipulação do veneno aconteceu no hotel ou já no local do crime.

“Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, afirmou o delegado.

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A jovem comprou alimentos para um café da manhã
Polícia suspeita que veneno tenha sido manipulado em suco
Ao sair do empório, ela voltou para o hotel, antes de ir para a casa das vítimas
A PCGO ainda não sabe se os alimentos foram envenenados no hotel ou no local do crime
Empório onde os produtos foram comprados está localizada no Setor Marista, em Goiânia
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Amanda fez compras em um empório no domingo (17/12) de manhã

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A jovem comprou alimentos para um café da manhã

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Polícia suspeita que veneno tenha sido manipulado em suco

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Ao sair do empório, ela voltou para o hotel, antes de ir para a casa das vítimas

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A PCGO ainda não sabe se os alimentos foram envenenados no hotel ou no local do crime

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Empório onde os produtos foram comprados está localizada no Setor Marista, em Goiânia

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Ela foi presa na quarta-feira (20/12)

Reprodução/TV Anhanguera
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Amanda chegou a fazer um chá revelação da suposta gravidez

Reprodução

Sentimento de rejeição

Em coletiva de imprensa nessa quinta-feira (21/12), Alfama apontou que o crime foi cometido em razão do sentimento de rejeição de Amanda, após o fim do namoro com o filho de Leonardo. O relacionamento deles durou cerca de um mês e meio e teve fim em julho.

“Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos”, disse o delegado.

A Polícia Científica ainda tenta identificar a substância usada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas estão sendo analisados para apontar o material aplicado.

Prisão

Amanda, que é advogada, mas se apresenta como psicóloga nas redes sociais, foi presa na quarta, em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana. De acordo com o delegado, ela foi internada no local pelos familiares, após tentar tirar a própria vida. Antes disso, ela chegou a dar entrada em um hospital, que não teve o nome divulgado.

Durante o primeiro depoimento, Amanda ficou em silêncio. Ao ser ouvida pela segunda vez, ela negou os crimes “sem uma lágrima nos olhos”, segundo o investigador. A mulher deve responder por duplo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e envenenamento.

Ainda conforme Alfama, Amanda chegou a criar perfis falsos nas redes sociais para ameaçar o ex e os familiares dele. A ela foram atribuídos seis perfis fakes, além de um programa para mascarar o número original de ligações. Para disfarçar e não chamar a atenção, a mulher chegava a ameaçar a si própria nas mensagens enviadas ao filho de Leonardo.

Falsa gravidez

De acordo com o delegado, após o término, Amanda anunciou uma gravidez. Porém, segundo Alfama, com base em um exame de sangue, Amanda não está grávida. Ele diz que a informação foi repassada pela defesa da mulher, que permitiu que isso fosse anunciado durante coletiva de imprensa.

A polícia ainda não sabia dizer se Amanda inventou a gravidez e forjou exames para corroborar essa versão ou se, de fato, ela perdeu o bebê. No entanto, a família de Leonardo chegou a fazer um chá revelação. Fotos em redes sociais mostram a festa na qual a advogada comemora a descoberta de que estaria grávida de uma menina.

Segundo o delegado, após o café da manhã, Leonardo chegou a alertar Amanda sobre os seus sintomas iniciais e pediu que ela procurasse atendimento médico, já que estava grávida. Porém, de acordo com Alfama, a mulher saiu de Goiânia para a cidade natal, Itumbiara, no sul goiano, e só procurou um hospital após a notícia da morte do ex-sogro.

Quem é Amanda Partata?

Amanda Partata tem 31 anos e mora em Itumbiara, no sul goiano. Ela é advogada e também se apresentava como psicóloga nas redes sociais, onde fazia publicações com comentários sobre livros diversos. O Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO) informou que ela não tem registro profissional ativo no banco de dados da entidade.

Durante coletiva de imprensa, o delegado afirmou que Amanda é inteligente e dissimulada. Segundo o profissional, a mulher chega a ter traços de psicopatia, visto que forjou uma personalidade dócil para ser acolhida pelas vítimas.

“É uma pessoa que mostrou uma personalidade extremamente voltada ao crime, com condutas criminosas complexas. Ela foi recebida de braços abertos pelas vítimas, porque forjou uma personalidade dócil, amável, quando, na verdade, ela não tinha”, afirmou o delegado.

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