Vídeo mostra guichês da Itapemirim vazios no aeroporto de Guarulhos
Passageiros de voos cancelados seguem sem apoio da empresa e sofrem com descaso no aeroporto desde quinta-feira (17/12)
atualizado
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Os guichês da Itapemirim Transportes Aéreos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, estão vazios neste sábado (18/12). O local está repleto de passageiros que tiveram voos cancelados pela companhia, que anunciou a suspensão temporária das operações no Brasil nesta sexta-feira (17/12).
Veja imagens:
“O Terminal” da vida real.
Sem apoio da Itapemirim, passageiros de voos cancelados são obrigados a dormir no aeroporto e ainda aguardam solução por parte da empresa.
No aeroporto de Guarulhos, guichês parecem ter sido abandonados às pressas.
Vídeo: @SamPancher pic.twitter.com/tiU5NXGggz
— Metrópoles (@Metropoles) December 18, 2021
Os passageiros seguem sem respostas e apoio da empresa e alguns aguardam no local desde quinta-feira (16/12), como é o caso de Raquel Borges dos Santos. Ela contou ao Metrópoles que chegou na quinta para pegar um vôo às 21h45 para Salvador.
“Quando a gente questionou o que tinha acontecido, disseram que tinham suspendido os vôos. Eles reagendaram minha viagem para sexta-feira, 22h40. Mas na sexta, às 20h, quando cheguei aqui, já tinham cancelado todos os vôos desde as 14h”, contou a consultora óptica.
Ela explicou ainda que na sexta a empresa fechou as portas sem dar nenhuma assistência aos passageiros. A única orientação da empresa é entrar em contato pelo site, que dá erro, de acordo com Raquel.
“É um verdadeiro descaso. Desumano, né?”, destacou. Desde sexta-feira no local, ela está sem alimentação, água e sem tomar banho. “Espero em Deus que a Itapemirim nunca mais voe”.
Outra passageira, Cristiane Viana, reforçou a falta de informações e levantou a possibilidade de a empresa levar os passageiros de ônibus. “Ninguém vem aqui dar explicação. Eles também tem a empresa de ônibus, mas não dão opção. Como a gente não embarcou, também serviria, mas nem isso eles dizem”, pontua a soldadora.
Problemas e reclamações
Como informou uma matéria publicada pelo Metrópoles neste sábado, o salário dos funcionários da Itapemirim e outros benefícios, como vale-refeição e transporte, estavam em atraso. Além disso, o plano de saúde dos funcionários estava suspenso desde o começo de dezembro.
Existe também a informação de que os mecânicos da empresa trabalhavam sem equipamentos de proteção adequados.
Outro detalhe importante na história da Itapemirim é que, em apenas seis meses de operação no Brasil, a empresa soma mais de 4 mil queixas no site Reclame aqui. Em um outro site, o consumidor.gov.br, são mais de mil reclamações, sendo que mais da metade foi registrada nos últimos 30 dias.