Vídeo: miliciano é executado com dezenas de tiros na zona oeste do Rio
A execução foi registrada por câmeras de segurança da região e mostram o miliciano sendo alvejado por três homens, que descarregam armas
atualizado
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Rio de Janeiro — A morte do miliciano Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo, 47 anos, nesta sexta-feira (6/8), em Cosmos, na zona oeste do Rio, é mais um capítulo na sangrenta guerra pelo controle de territórios pelos grupos paramilitares. Gordo foi executado com dezenas de tiros disparados por três homens, que o abordaram na Rua Brandão Monteiro, na comunidade Vila do Céu, em Cosmos.
A execução foi registrada por câmeras de segurança da região e mostram o miliciano em frente a um estabelecimento comercial, conversando com algumas pessoas, quando surge um homem de calça jeans, casaco preto, colete e rosto coberto por uma balaclava, que abre fogo contra Fábio Gordo, efetuando diversos disparos, descarregando a arma.
Caído ao chão, Gordo é alvejado por outro homem, também todo vestido de preto e com o rosto escondido. Neste momento, um carro se aproxima e, pela janela, o motorista também atira contra o criminoso.
Veja o vídeo:
Em seguida, os atiradores entram no carro, de cor verde, e fogem. Logo depois, um deles retorna e retira o boné da vítima. Segundo a PM, um ferido deu entrada no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.
Gordo é acusado pela polícia de ligação com os fundadores e ex-chefes da maior milícia do estado, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães e seu irmão, o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho. Em 2008, Fábio foi preso pela polícia em uma reunião na casa de Natalino.
Aos policiais, de acordo com a reportagem do Extra, a pessoa ferida informou que é funcionária de um estabelecimento comercial na Rua Brandão Monteiro. Ele relatou que foi atingido enquanto trabalhava, no momento em que um automóvel passou pela via com homens armados, que atiraram contra um homem que se encontrava por ali. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios.
A milícia Liga da Justiça atuava nos bairros de Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz, onde praticava os crimes de extorsão, sequestro, constrangimento ilegal, ameaças e homicídio qualificado.