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Vídeo: “Me veem como alvo fácil”, diz Tabata Amaral sobre ataques na internet

Em entrevista ao Metrópoles, a deputada federal afirmou que é criticada duramente nas redes e na política por ser “mulher e jovem”

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1 de 1 Destaque – Entrevista Tabata Amaral copiar (1) - Foto: Metrópoles

Presença constante na lista de assuntos mais comentados nas redes sociais, a deputada federal Tabata Amaral (sem partido) apontou, em entrevista ao Metrópoles, as razões que, de acordo com ela, a tornam alvo constante de críticas: ser mulher e jovem. “Apenas a minha imagem é exposta e achincalhada. E, no meu entendimento, isso é porque eu sou mulher e jovem”, afirmou (confira a partir de 6′).

A parlamentar destacou que boa parte dos comentários sobre sua atuação parlamentar são violentos e machistas. “A esmagadora maioria das críticas não são respeitosas. Elas falam da minha aparência, elas me ameaçam fisicamente”, ressaltou. (5′) “O combate ao machismo deveria ser para todos os lados. Infelizmente, tem muita hipocrisia, especialmente nas redes sociais. E há muito machismo nos partidos políticos”, frisou.

A mais recente enxurrada de críticas ao trabalho de Tabata ocorreu após a aprovação, na Câmara dos Deputados, do texto que permite a privatização dos Correios. O voto dela foi um dos 286 que validaram a proposta de venda da estatal. O projeto ainda será analisado pelo Senado.

Ao Metrópoles Tabata justificou seu posicionamento a favor da privatização apontando os gastos públicos com a manutenção da estatal. “A gente teria de colocar R$ 2 bilhões por ano para que os Correios fossem competitivos. E esse dinheiro iria sair da saúde, da educação, de outras áreas. No meu entendimento, o Executivo, o governo federal, não tem que ser quem vai executar cada coisa”, argumentou (1’30”).

“Essas mesmas pessoas que criticam cada votação minha não criticaram as privatizações que foram feitas no governo do PT, como, por exemplo, as privatizações dos aeroportos”, salientou (2’50”).

A deputada também apontou o silêncio de integrantes da esquerda diante de comentários machistas ao seu trabalho. “Um filósofo de esquerda escreveu no Twitter que eu estudei em Harvard, mas não aprendi a pensar. Eu esperava que esse posicionamento dele fosse questionado pelas pessoas da esquerda. Afinal de contas, calar uma mulher dizendo que ela é burra, que ela não sabe pensar, é a coisa mais clássica do machismo. Mas ninguém disse nada”, enfatizou (7’).

PDT e Ciro Gomes
Em 2019, ao votar a favor da Reforma da Previdência, Tabata foi duramente criticada por integrantes do partido pelo qual foi eleita deputada, o PDT. Uma das vozes que questionaram a decisão da parlamentar foi a de Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e ex-candidato à Presidência da República. Ao Metrópoles a parlamentar disse que se sentiu traída.

Na avaliação da deputada, apesar de ter se posicionado a favor de mudanças na previdência durante a campanha eleitoral, Ciro Gomes questionou a reforma publicamente para conquistar eleitores. “O Lula estava na cadeia naquele momento. Então, o Ciro acreditava que poderia herdar os votos do PT e precisava de um movimento à esquerda. Ele falou: ‘Está aqui um alvo fácil, essa menina’, porque é assim que eles me veem, ‘deixem atacá-la’”, disse.

A crise com o partido levou Tabata a ingressar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em maio deste ano, a Corte decidiu que ela poderia se desvincular da legenda sem perder o mandato. O entendimento da maioria dos ministros foi de que a discriminação praticada pela sigla contra a deputada, além do afastamento dela das atividades partidárias, seria motivo justo para a desfiliação.

Na entrevista, Tabata Amaral também falou sobre os impactos da destinação de recursos a parlamentares por meio de emendas do relator, o chamado orçamento secreto, nas votações da Casa, avaliou a possibilidade de aprovação de um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e criticou a atuação do Ministério da Educação. Confira:.

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