Vídeo: Joice Hasselmann diz que União Brasil será o maior partido “só até as próximas eleições”
Em entrevista ao Metrópoles, a deputada federal eleita pelo PSL em 2018 classificou a fusão da sigla com o DEM como uma “confusão”
atualizado
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Em entrevista ao Metrópoles, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) classificou a fusão do Partido Social Liberal (PSL) com o Democratas (DEM) como uma “confusão”. Para a parlamentar, o União Brasil — nome dado à nova legenda após a união das siglas — só terá a maior bancada “até as próximas eleições”.
“Esse maior partido do Brasil não vai durar um ano. A eleição vai mostrar, vai fazer uma depuração disso. Não tem como dar certo. Você não pode ter, em um mesmo partido, um bando de radical extremista bolsonarista, um outro grupo que é só militar, que só pensa em pauta militar, um grupo que não sabe o que está fazendo ali, até hoje não sabe onde é a porta do banheiro na Câmara, e meia dúzia de gatos pingados que quer pensar o Brasil”, disse (confira a partir de 18’).
O PSL já conta com a maior bancada na Câmara, com 54 deputados. O DEM reúne 28 parlamentares. Com a junção das siglas, o União Brasil passará a figurar com 82 políticos eleitos. A fusão também vai mexer com a composição do Senado Federal. O DEM tem seis senadores, entre os quais o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e o PSL ocupa duas cadeiras. Assim, o novo partido somará oito representantes na Casa.
“A bancada do PSL é uma bancada completamente doida. Se você faz uma peneirada, você separa uma meia dúzia de deputados que entregam alguma coisa, que trabalham”, criticou Joice. “Como o pessoal do DEM é muito mais experiente, vão dar nó em pingo d’água”, avaliou. A parlamentar deixa o partido pelo qual foi eleita para se filiar ao PSDB.
Queda ou atentado
Joice Hasselmann afirmou que continua acreditando que foi vítima de um atentado, apesar de as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) terem apontado que ela teria sofrido uma “queda da própria altura”. “Ninguém conseguiu me explicar porque eu tinha um galo na cabeça. Eu tive cinco fraturas no rosto, fratura na coluna. Eu não tenho 110 anos”, disse (27’).
A deputada afirmou que “entende” a conclusão da polícia já que não foram encontradas provas de um possível ataque, mas disse acreditar que o episódio, que ocorreu em julho, ainda será esclarecido. “Da mesma forma como teve um arrependido do gabinete do ódio que me entregou todas as senhas, eu espero que apareça um arrependido nessa história e a gente chegue ao que realmente aconteceu.”
Durante a entrevista, Joice fez duras críticas ao governo federal e cobrou o andamento das investigações sobre a offshore milionária do ministro Paulo Guedes em um paraíso fiscal, revelada pelo Pandora Papers. A parlamentar também avaliou o alcance das manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e apontou desafios para a formação de uma terceira via para as eleições de 2022. Confira: