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Vídeo: homem negro é morto durante abordagem policial em Minas Gerais

O caso aconteceu em Contagem. Marcos Vinícius Vieira Couto, 29 anos, foi alvejado com três tiros após ser abordado por policiais

atualizado

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Marcos Couto morto pela PM de Minas
1 de 1 Marcos Couto morto pela PM de Minas - Foto: Reprodução

Durante uma abordagem policial em Contagem (MG), Marcos Vinícius Vieira Couto, de 29 anos, foi morto com três tiros, na noite de sábado (16/7). Segundo os familiares da vítima — que gravaram a cena — os militares teriam recebido uma denúncia de que o jovem estaria armado em uma festa.

No vídeo, é possível ver Marcos com as mãos para cima, enquanto os policiais que atenderam a ocorrência conduzem a abordagem. Em clima de tensão, os agentes pedem que as pessoas se afastem do local.

Veja o registro:

 

Em determinado momento, os militares levam Marcos para trás de um veículo, quando é possível escutar três disparos. As pessoas que estão próximas se desesperam e questionam o ocorrido.

Durante coletiva de imprensa no domingo (17/7), a major Layla Brunnela, da Polícia Militar de Minas Gerais, informou que a corporação recebeu um chamado por volta das 22h40 de sábado. O denunciante teria informado que estavam sendo efetuados disparos de arma de fogo em uma festa, e que o homem também teria proferido ameaças e dado coronhadas em populares.

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PCMG investiga o caso
Marcos Vinícius Vieira Couto
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O homem foi baleado por um policial militar em Contagem

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PCMG investiga o caso

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Marcos Vinícius Vieira Couto

“Recebemos uma segunda ligação de uma segunda pessoa confirmando disparos de arma de fogo nesse local, relatando que havia uma vítima de coronhadas e ameaça no interior dessa festa. A guarnição chega para fazer a abordagem desse indivíduo. A pessoa que liga identifica quem seria o autor desses disparos e ameaças, inclusive repassa o grau de periculosidade desse autor, alegando que ele seria chefe do tráfico de entorpecentes nessa região, e quando a guarnição chega, identifica de imediato esse autor”, explicou Layla.

Durante a coletiva, a major afirmou que o suspeito resistiu à abordagem. Os militares, segundo ela, não cometeram “nenhum excesso”.

De acordo com a corporação, foi constatado que o suspeito tinha sete passagens por porte de arma, nove por tráfico e uma por venda de armas. Durante o ocorrido, ele também estaria sob o efeito de drogas e álcool.

Volume no bolso

No boletim de ocorrência, ao qual o G1 teve acesso, os policiais que atenderam a ocorrência não relatam presença de arma de fogo. Em coletiva, no entanto, a major Layla afirmou que era perceptível “um volume” no bolso de Marcos.

“Em um dos vídeos que circula, gravado pela irmã do suspeito, é perceptível um volume na parte de trás da calça desse autor, no bolso direito. Há um volume, e quando ele se desloca para a viatura e retorna, esse volume já não existe mais”, detalhou a major.

Segundo o depoimento do policial militar que disparou contra Marcos, o suspeito teria tentado “arrebatar” a arma em um momento de distração, o que teria motivado a reação.

Após os disparos, Marcos teria sido colocado dentro da viatura e levado a uma unidade de saúde, ainda com vida.

O depoimento de Daniele Aparecida Vieira, irmã do acusado, diz, no entanto, que Marcos foi atingido com dois tiros na cabeça e morreu no local. Também à reportagem do G1 a jovem diz que o policial que deu os tiros já “chegou com a intenção de executar” o homem. “Nós queremos justiça!”, completou Daniele.

Nota da PM-MG

Em nota, a Polícia Militar argumentou que possui a “menor letalidade policial” se comparada aos demais estados do país. Veja a íntegra:

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que possui a menor letalidade policial entre os demais Estados da Federação, o que demonstra ser a exceção ações com uso de força letal pela instituição.

A PMMG ressalta, ainda, que em todas as ações policiais, sobretudo as que há letalidade, medidas de polícia judiciária militar são adotadas de imediato, sendo acompanhadas pela Corregedoria da corporação, além de outros órgãos de fiscalização externa.

O policial autor dos disparos foi conduzido ao 39º Batalhão e, posteriormente, preso em flagrante. Ele ficará à disposição da Justiça Militar de Minas Gerais.

“Esse militar foi conduzido à sede do batalhão, onde está sendo lavrado o auto de prisão em flagrante. A arma dele foi apreendida e ele já está à disposição da Justiça Militar estadual para as providências do poder Judiciário”, detalhou Brunnela.

 

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