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Vídeo. Homem é preso em SP ao assumir atuação na morte de Dom e Bruno

Gabriel Pereira Dantas, 26 anos, se apresentou para policiais militares na capital paulista e afirmou ter visto quando os suspeitos atiraram

atualizado

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Divulgação/ Polícia Civil (SP)
Gabriel Pereira Dantas, 26 anos, se apresentou para policiais militares na capital paulista e afirmou ter visto quando os suspeito atiraram
1 de 1 Gabriel Pereira Dantas, 26 anos, se apresentou para policiais militares na capital paulista e afirmou ter visto quando os suspeito atiraram - Foto: Divulgação/ Polícia Civil (SP)

São Paulo – Gabriel Pereira Dantas abordou, nesta quinta-feira (23/6), policiais militares na Praça da República, na capital de São Paulo, e afirmou ter envolvimento nos assassinatos de Bruno Pereira e de Dom Phillips, referindo-se a eles como “turistas”.

Os PMs o conduziram para o 77º Distrito Policial (DP), na Santa Cecília. A Polícia Civil gravou o depoimento do homem em vídeo, segundo o G1. Não havia nenhum mandado de prisão contra Gabriel, que será apresentado para a Polícia Federal.

Dantas relatou que, após participar das mortes do indigenista e do jornalista inglês, fugiu para Santarém, Manaus, Rondonópolis e, finalmente, São Paulo. O homem de 26 anos decidiu se entregar porque estava na rua e não aguentava mais a situação.

Veja o vídeo do depoimento:

Relação com Pelado

Gabriel relatou em depoimento à Polícia Civil de São Paulo que estava morando em Atalaia na casa flutuante de um “rapaz” que conhecia “há muito tempo”. Dantas estava escondido da facção criminosa Comando Vermelho.

“Eu fui pra lá para ficar tranquilo, porque eu tinha sido ameaçado de morte em Manaus. E lá eu conheci o Pelado”, afirmou mencionando Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 
Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
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Em 5 de junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira viajavam juntos para que Dom realizasse entrevistas para o livro que escrevia sobre a preservação da Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais
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Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 

Arquivo pessoal
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Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime

Reprodução/Redes sociais
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Mulheres realizam manifestação após morte de Bruno e Dom na Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados

Material cedido ao Metrópoles
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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A tentativa de ocultação, porém, não teria dado certo. Jeferson e Amarildo retornaram no dia seguinte, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buraco escavado. A distância entre o local em que os pertences foram escondidos e onde os corpos foram enterrados é de 3,1 km

Divulgação/Polícia Federal
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Depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno

Reprodução/Redes sociais
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Em 16 de junho, os corpos de Dom e Bruno chegaram a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade

Igo Estrela/Metrópoles
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Exame médico-legal indicou que morte de Dom Phillips foi causada por disparo de arma de fogo

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”

Funai/Divulgação
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Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. Ele dedicou a carreira à proteção dos povos indígenas. Nascido no Recife, tinha 41 anos. Ele deixa esposa e três filhos

Reprodução
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

 

Tiros

No dia que Bruno e Dom foram mortos, Gabriel estava bebendo com Pelado.

“Foi quando uns turistas passaram. Aí ele chamou, ele perguntou se eu sabia pilotar a rabeta. Eu falei que sim. Aí só entrou, e a gente saiu e foi embora. Aí foi quando a gente alcançou, e ele já chegou atirando. Uma 16, ela é uma espingarda”, disse para a polícia.

O homem de 26 anos afirmou que não sabia o que Pelado iria fazer quando o chamou para sair.

“Eu ouvi dois. Atingiu um; que a 16 é cheia de chumbo dentro. Um disparo daquele ali… Aí só fiz ajudar. [Os dois caíram] dentro da voadeira deles. A gente amarrou [os corpos] na canoa”, descreveu Gabriel Pereira Dantas.

Corpos

O homem contou que o grupo seguiu em direção à margem para um lugar bastante isolado. “Aí eu só fiz tirar [os dois]. Na hora eu fiquei em desespero”, disse.

De acordo com Dantas, Pelado pediu ajuda para outros dois homens para “dar fim nas coisas de Bruno e Dom, jogando as mochilas e coisas na margem do rio.”

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