metropoles.com

Vídeo: gato-mourisco, raro e ameaçado de extinção, é registrado em GO

Registro do gato-mourisco foi feito pelas câmeras do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Legado Verdes do Cerrado
imagem colorida gato-mourisco registrado em goias
1 de 1 imagem colorida gato-mourisco registrado em goias - Foto: Divulgação/Legado Verdes do Cerrado

Câmeras de monitoramento do Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável da propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), localizada em Niquelândia, no norte goiano, registraram pela primeira vez o gato-mourisco.

O animal é um dos menores felinos selvagens do mundo e a espécie é ameaçada de extinção.

O registro foi feito pelas câmeras de monitoramento para o levantamento de espécies no território. O animal que aparece nos vídeos tem a coloração mais amarronzada, dando até a impressão de cor preta, e aparência jovem e saudável, mas não é possível determinar seu gênero pelas imagens.

Veja o vídeo:

 

O registro foi feito no fim de 2022 e após análises do registro por biólogos foi confirmada que se trata do gato-mourisco.

Gato-mourisco entre as espécies ameaçadas

De acordo com um dos diretores da Reserva, David Canassa, o registro inédito reforça a importância de áreas como o Legado Verdes do Cerrado para a conservação de espécies ameaçadas.

“A cada vez que conseguimos identificar uma nova espécie no território é uma conquista na missão de conhecer melhor a biodiversidade. Isso também reforça o sucesso do nosso modelo de gestão, que promove o múltiplo uso do solo e a conservação do bioma, aliando negócios da economia convencional com a nova economia. Ou seja, é possível desenvolver o território e ainda ser um refúgio para espécies ameaçadas de extinção”.

As câmeras de monitoramentos ficam localizadas em armadilhas fotográficas possuem uma câmera digital embutida com sensores de temperatura e movimento.

Quando eles detectam a movimentação de algum animal, ao mesmo tempo em que identificam uma temperatura diferente daquele ambiente, a câmera começa a capturar imagens – em vídeo ou foto, sem qualquer contato com o animal, possibilitando registros de espécies mais difíceis de serem avistadas, como o gato-mourisco.

Gato selvagem

O gato-mourisco, também chamado de jaguarundi, está nas listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do Ministério do Meio Ambiente, na categoria vulnerável.

De acordo com Stephanie Simioni, bióloga do Onçafari, associação criada para estudo e conservação da vida selvagem e parceira da Reserva, o gato-mourisco vive em áreas abertas e de mata, em biomas variados, e é mais ativo durante o dia.

“Embora seja um animal diurno, ele evita o contato com humanos.  Sua importância ecológica está ligada ao fato de serem predadores na cadeia alimentar, ajudando a garantir o equilíbrio do ecossistema”, explica a bióloga.

Stephanie complementa que dentre os gatos selvagens, o gato-mourisco tem características bem específicas.

“Por exemplo, diferentemente da maioria dos felinos selvagens, o jaguarundi prefere caçar durante o dia. Outra característica curiosa da espécie é a sua capacidade de emitir sons, como assobios, vibrações, ronronados e até chiados de pássaros, usados para atrair suas presas”, diz.

A bióloga também explica que ele tem pernas curtas, é esguio e pode ser confundido com outros felinos, como a irara. Mede de 48 a 83 cm de comprimento, pesando de 3,5 a 9 kg. Tem a cauda mais longa entre os pequenos felinos (de 27 a 59 cm) e possui pelagem em tons que variam do preto a tons avermelhados, passando por castanho e cinza-escuro.

O felino é carnívoro, ou seja, a base de sua alimentação é de mamíferos de menor porte, roedores, cobras, lagartos, peixes, insetos, aves e anfíbios. É um animal de hábitos solitários, que por muito tempo foi classificado na categoria Puma, junto com a onça parda, até uma revisão ter o colocado sozinho como Herpailurus.

Reserva ambiental

O Legado Verdes do Cerrado é uma área de 32 mil hectares pertencente à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). O local tem aproximadamente 80% da área composta por Cerrado nativo, onde já foram registrados animais como anta, caititu, veado, onças e cachorro do mato.

A reserva ressaltou que o registro desses animais serão base para identificar as espécies que habitam o local e definir ações para preservação da biodiversidade.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?