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Vídeo: Gabbardo defende fabricação da Butanvac antes do aval da Anvisa

“Vamos correr o risco”, afirmou o coordenador-executivo do Centro de Contigência da Covid-19 em São Paulo em entrevista ao Metrópoles

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João Gabbardo
1 de 1 João Gabbardo - Foto: Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, o coordenador-executivo do Centro de Contigência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, defendeu o início da fabricação da Butanvac antes do aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a realização dos testes clínicos. “Vamos correr o risco”, afirmou (confira a partir de 2’30).

“Vale a pena já começar a produzir, para que no momento em que a Anvisa autorizar ela já esteja pronta. No dia seguinte, [a Butanvac] já poderá ser posta no mercado. Obviamente, se for do interesse do Ministério da Saúde”, disse (2’45”).

De acordo com Gabbardo, a fabricação da Butanvac segue protocolos semelhantes aos da produção da vacina contra a gripe, confeccionada em larga escala pelo Instituto Butantan. “É uma metodologia que o Butantan tem muita convicção que terá sucesso”, frisou (2’40”).

O coordenador-executivo do Centro de Contigência da Covid-19 em São Paulo destacou que uma das principais vantagens da Butanvac é não depender da importação de insumos.

Na última quarta-feira (12/5), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a produção da Coronavac poderá ser interrompida no sábado (15/5) se o Instituto Butantan não receber os insumos que estão parados na China. Desde quinta-feira (6/5), não é possível fazer o envase de novas doses porque o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) acabou.

Terceira onda
Gabbardo afirmou que uma terceira onda de Covid-19 “não está descartada”. “Para nós não termos o risco de uma terceira onda, é necessário aumentar a velocidade de vacinação”, destacou.

E ponderou: “A gente não tem segurança sobre a entrega de novas vacinas”.

“No segundo semestre, o compromisso do Butantan [é de entregar] mais 54 milhões de doses de vacina [Coronavac]. Se o Butantan receber o Insumo Farmacêutico, o IFA, nós não temos nenhuma dúvida de que será entregue até mesmo antes do prazo, que é setembro. Mas isso depende da chegada dos insumos, depende da China. Não é uma situação em que a gente tenha governabilidade absoluta”, salientou Gabbardo (1’20”).

Apesar do atual ritmo de imunização, o coordenador disse acreditar que no segundo semestre de 2021 a oferta de imunobiológicos contra a Covid-19 será maior. “Os fabricantes de vacina já estão com produção em um nível bem mais elevado. Nós já temos vacinação bastante alta nos Estados Unidos. Então, provavelmente, os EUA deixem de competir com os outros países por essas doses”, assinalou (3′).

Na entrevista, Gabbardo também falou dos números da Covid-19 no estado de São Paulo e da flexibilização de medidas restritivas. Confira:

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