Vídeo. Fresno ignora decisão do TSE no Lollapalooza: “Fora Bolsonaro”
Na manhã deste domingo, o ministro Raul Araújo, do TSE, proibiu manifestações políticas durante os shows do festival
atualizado
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A banda de rock Fresno, uma das atrações deste domingo (27/3) no Lollapalooza, ignorou a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se manifestou publicamente contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na manhã de domingo, o ministro Raul Araújo, do TSE, atendeu a um pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que acionou a Justiça após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua apresentação na sexta-feira (25/3).
Na decisão, o ministro considerou a manifestação da artista como propaganda político-eleitoral e proibiu a realização de atos semelhantes no festival sob multa de R$ 50 mil a cada ocorrência.
Na tarde deste domingo, ao abrir a lista de atrações principais do festival, a banda Fresno ignorou as determinações da Corte. Durante a música “F*deu”, o telão exibiu a frase: “Fora, Bolsonaro”, que também foi gritada pelo vocalista do grupo, Lucas Silveira.
“O presidente basicamente quer te exterminar. E o ideal fascista já conquistou seu núcleo familiar”, cantou. Assista:
a resposta do fresno contra a censura do TSE. amo 🥰🥰🥰 #forabolsonaro #FresnoNoMultishow pic.twitter.com/KLRe2UHMoo
— tha 🍒 (@tharavenclaw) March 27, 2022
O show também contou com participação especial do cantor Lulu Santos, que, durante a apresentação, ironizou: “Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. Veja:
“Cala a boca já morreu. Quem manda na minha boca sou eu” – Lulu Santos #ForaBolsonaro #FresnoNoMultishow #LollaBRNoMultishow pic.twitter.com/nG8Gjh85qz
— Fábio Felix 🏳️🌈 (@fabiofelixdf) March 27, 2022
Determinação
Na sexta-feira (25/3), a cantora Pabllo Vittar segurou uma bandeira com o rosto de Lula, e gritou: “Fora Bolsonaro”. Já a britânica Marina soltou um: “F**a-se Bolsonaro”.
Na decisão, o juiz pontuou que, apesar do direito de manifestar “apreço ou antipatia por qualquer agente político ou um possível candidato”, “a garantia não parece contemplar a manifestação retratada na representação em exame, a qual caracteriza propaganda, em que artistas rejeitam candidato e enaltecem outro”.
O magistrado destaca que, de acordo com o TSE, a propaganda eleitoral é permitida somente após o dia 15 de agosto. Artistas, políticos e outras personalidades da mídia se manifestaram contra a decisão neste domingo. Foi o caso da cantora Anitta e do youtuber Felipe Neto, que se ofereceram para pagar a multa aplicada pela Corte.