Vídeo: embaixada da Ucrânia aguarda posição brasileira sobre ataques
Na manhã desta quinta-feira (24/1), a Ucrânia foi atingida por uma segunda onda de mísseis; brasileiros pediram ajuda à embaixada
atualizado
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O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, disse a jornalistas, na manhã desta quinta-feira (24/2), que espera uma posição brasileira sobre a decisão da Rússia, de atacar a Ucrânia.
Questionado se a embaixada da Ucrânia em Brasília havia sido contatada pelo governado brasileiro Tkach disse que ainda espera uma manifestação formal.
Veja o vídeo do depoimento completo do encarregado de negócios:
Tkach também destaca que a Ucrânia aguarda uma posição e um reforço nas sanções que os países ocidentais haviam falado que tomariam contra a Rússia.
“Estamos esperando os países do mundo adotarem uma posição forte e condenação ao ataque russo, aplicar sanções mais severes e ajudar a Ucrânia. Precisamos tanto de ajuda humanitária, quanto combustíveis e tudo com o que puderem ajudar. Estamos esperando receber as armas defensivas para nos defender”, disse.
O encarregado de negócios salientou que os ataques sofridos pela Ucrânia vieram de multiplos lados, “tanto dos territórios temporariamente ocupados, como Lugansk e Donetsk, como a Crimeia e outras direções”, atacando, segundo ele, as “cidades pacíficas ucranianas”.
“Durante as últimas semanas estavamos tentando aplicar todas as forças de combate para prevenir o conflito, mas evidentemente nossas forças não foram suficientes. Hoje, às 5h (0h no horário de Brasília), a Rússia começou um ataque contra a Ucrânia, de diferentes direções”, apontou Tkach.
Posição dura
Além da ausência de uma posição do ministério das Relações Exteriores após a decisão de Vladmir Putin de atacar a Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro em sua primeira fala do dia, também ignorou o conflito. Em um vídeo, na saída do Palácio da Alvorada, ele preferiu tecer críticas à vizinha Argentina
Bolsonaro esteve em Moscou na semana passada, onde se encontrou com Vladimir Putin e causou problemas diplomáticos ao Brasil depois de expressar solidariedade com a Rússia e dizer que Putin buscava a paz.
Segundo revelou a coluna do Igor Gadelha, o governo brasileiro prepara um novo posicionamento em relação à ação da Rússia na Ucrânia. De acordo com integrantes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, o Brasil deve abandonar a naturalidade e subir o tom contra o país comandado por Vladimir Putin.