Vídeo: em ato por Bruno e Dom, bispo diz que democracia não vai embora
Ato inter-religioso foi realizado na Catedral da Sé, em São Paulo, e contou com a presença de viúvas dos ativistas mortos na Amazônia
atualizado
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Um ato inter-religioso homenageou o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips neste sábado (16/7), na Catedral da Sé, em São Paulo. Participaram do evento as viúvas dos dois, assassinados em 5 de junho na Amazônia, artistas, militantes dos direitos humanos e uma multidão que vibrou quando o bispo Dom Pedro Stringhini fez uma defesa da democracia e relembrou outro ato na mesma igreja, que prenunciou o fim da ditadura militar.
“Em 1975, Dom Paulo Evaristo Arns estava aqui”, disse o Stringhini, referindo-se ao ex-arcebispo de São Paulo, morto em 2016. “Estavam celebrando um culto inter-religioso no funeral de Vladimir Herzog e anunciaram que a ditadura ia acabar e a democracia ia chegar”, continuou ele, citando um jornalista morto sob tortura pelos ditadores.
“E esse ano estamos aqui pra dizer que a democracia não vai embora. Haverá eleições e haverá democracia”, discursou Dom Pedro Stringhini.
Veja:
Em participação no ato, Alessandra Sampaio, viúva de Dom, relembrou o amor do inglês pela Amazônia e conclamou os brasileiros a seguirem seu exemplo. “O que a gente pode fazer ativamente, cada um como cidadão, é conhecer mais sobre a Amazônia. Precisamos conhecer a riqueza incrível que a gente tem. Só amando o lugar vamos protegê-lo”, disse .
Beatriz Matos, viúva de Bruno, também pediu pela Amazônia. “Que seja um lugar seguro e bom para se viver.”
A cerimônia foi organizada pela Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz, em parceria com a Comissão Justiça e Paz de SP; pela Comissão Arns; pelo Instituto Vladimir Herzog e pela OAB-SP.
Aqui é possível ver a íntegra do ato.