Vídeo: “É o nosso sonho”, diz Renata Abreu sobre candidatura de Moro à Presidência
Em entrevista ao Metrópoles, a presidente do Podemos afirmou que acredita na consolidação de uma terceira via para as eleições de 2022
atualizado
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Em entrevista ao Metrópoles, a presidente do Podemos, Renata Abreu, reafirmou o interesse da sigla em lançar o nome do ex-ministro da Justiça Sergio Moro à Presidência da República. “Nós temos, sim, o sonho de tê-lo e vê-lo como candidato”, disse (confira a partir de 16’).
Moro esteve em Brasília no início desta semana e se encontrou com Renata. O ex-juiz, no entanto, ainda não deu uma resposta definitiva sobre a sua possível participação na disputa eleitoral de 2022.
“Eu defendo a candidatura de Sergio Moro por tudo que ele representa, por tudo que ele já fez pelo país. Ele teve peito para combater a corrupção de frente, nunca se curvou”, afirmou Renata ao Metrópoles. De acordo com a líder partidária, “Moro está sendo convocado pelas pessoas de bem desse país a enfrentar a luta contra a corrupção”.
Renata afirmou que acredita na consolidação de uma terceira via. “Os brasileiros estão cansados dessa polarização, desse debate ideológico que, muitas vezes, não faz o país avançar”, frisou. “O medo não vai mais ser, se Deus quiser, considerado nessas eleições. As pessoas vão votar com consciência e não com medo. Nós estamos, o centro, unidos trabalhando nisso: dar essa alternativa para a população”, disse (15’22”).
“Distritão”
Deputada federal eleita por São Paulo, Renata Abreu é relatora da proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode alterar o sistema eleitoral. Uma das mudanças em debate, defendida por Renata, é a troca do voto proporcional nas eleições legislativas pelo “distritão”. Hoje, o número de cadeiras que cada partido ocupa depende de um cálculo que leva em conta o número total de votos que seus candidatos recebem. Pelo quociente partidário, candidatos muito votados podem ajudar a eleger colegas de partido.
Pela proposta do “distritão”, passam a ser eleitos os candidatos mais votados, como acontece nas eleições para o Executivo. Os críticos da ideia dizem que o modelo enfraquece os partidos e beneficia de maneira exagerada os candidatos mais conhecidos, como artistas e atletas, além de dificultar a renovação.
Ao Metrópoles, Renata defendeu o modelo de voto direto. “A questão de favorecer quem já tem mandato, personalidades, os mais conhecidos, me desculpe, mas no sistema atual não muda nada. Hoje você não vota no partido, na maioria das vezes, você vota em pessoas. No distritão também”, avaliou (4’40”).
“As críticas que eu ouço a respeito do distritão, na minha leitura, são as mesmas que se aplicam ao sistema atual, que já favorece personalidades, quem tem mandato, quem é mais conhecido”, afirmou. “Existe uma cultura de se votar em pessoas. E quando você fala em votar em um candidato A e eleger um candidato B do mesmo partido, o eleitor não aceita isso bem. Ele vota em um candidato A e ele quer eleger o candidato A. Muitas vezes ele nem sabe quem são os candidatos da chapa proporcional”, argumentou.
Na entrevista, Renata Abreu também falou sobre outras possíveis mudanças no sistema eleitoral, como a reserva de cadeiras para mulheres nas assembleias legislativas, redução do número de assinaturas para a apresentação de projetos de iniciativa popular e a inclusão de plebiscitos no processo eleitoral. Confira: