Vídeo. Crianças choram após guardas usarem spray de pimenta em escola
Pais acusam agentes da Guarda Civil Metropolitana de usarem gás para dispersar briga de alunos da escola municipal Pedro Nava, em São Paulo
atualizado
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São Paulo – Um vídeo gravado em maio por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Nava (Emef), em São Paulo, mostra crianças chorando e acusando agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de usaram spray de pimenta.
Segundo os pais dos estudantes, a GCM alegou que o gás foi usado para dispersar uma briga de adolescentes que começou dentro da unidade escolar no Butantã, zona oeste da capital paulista, e se estendeu até a rua.
Veja o vídeo cedido ao Metrópoles:
A técnica de enfermagem Janete Barbosa Pereira, 42 anos, tem uma filha de 14 anos que cursa o nono ano na escola municipal.
Os primos dela, de 11 e 13 anos, também estudam no local e foram atingidos pelo gás usado por volta das 18h40, horário de saída dos estudantes. O adolescente é um dos alunos que aparecem no vídeo.
“Muitas crianças passaram muito mal. O meu primo aparece no vídeo sentado chorando, muito nervoso, com dor, sem conseguir respirar”, relatou a técnica de enfermagem mencionando a criança de 11 anos.
GCM na escola
A mãe ainda reclama da presença constante dos Guardas Civis Metropolitanos dentro da escola. Segundo a técnica de enfermagem, os agentes acompanham as atividades na quadra e dentro do ambiente escolar.
“Como se fosse uma intimidação. Os policiais ficam zanzando dentro da escola, intimidando as crianças”, contou Janete.
Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo afirmou ao Metrópoles que a GCM atendeu uma ocorrência na Escola Municipal de Educação Fundamental em 20/5 de tumulto e briga entre alunos e moradores da comunidade, que avançaram contra os agentes.
“As equipes da GCM tiveram de usar gás espargidor, equipamento de menor potencial ofensivo próprio para dispersar tumultos e garantir a segurança dos envolvidos e dos próprios agentes públicos”, disse a gestão municipal em nota.
O comunicado informou ainda que a atuação GCM na escola segue diretrizes municipais para segurança urbana, de acordo com o decreto nº 58.199, de 2018. Segundo a nota, o patrulhamento é feito por meio de policiamento fixo ou rondas periódicas.
“A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipal de Segurança Urbana e de Educação, reafirma que diante das denúncias feitas pelos alunos, instaurou apurações preliminares para investigar os fatos relatados”, disse a gestão.
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