Vídeo: com 50 fraturas, cavalo é sacrificado após ser arrastado
Animal foi puxado por veículo por pelo menos um quilômetro, sofrendo múltiplas fraturas expostas e vários cortes profundos pelo corpo
atualizado
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Rio de Janeiro – Um cavalo foi torturado e arrastado vivo por mais de 1 quilômetro por um caminhão no bairro Parada Angélica, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O animal teve pelo menos 50 fraturas, muitas delas expostas, e outros ferimentos graves, como a perda de um globo ocular e partes do corpo rasgadas pelo asfalto.
A condição do animal foi atestada pela médica veterinária Marcia Rolim, ex-subsecretária de Vigilância Sanitária da cidade do Rio, chamada para tentar salvar o cavalo.
“Ele foi deixado no local por volta das 2h e só às 10h foi avaliado por mim e pelo Flávio Graça, outro médico veterinário. Identificamos as lesões, os ferimentos e constatamos que ele estava em sofrimento profundo, sem chance de recuperação. Por isso, fizemos uma sedação e, em seguida, a eutanásia”, lamentou Márcia. Ela fez um vídeo do atendimento e denunciou o caso à polícia e à prefeitura de Duque de Caxias.
Equipe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) identificou a placa do veículo, usado para fazer entregas de uma rede de lojas varejista. No galpão da empresa, os policiais localizaram o motorista do caminhão, que confessou o crime e foi liberado. O caso será avaliado pelo Juizado Especial Criminal.
“É muita crueldade. A pessoa que fez isso é criminosa, precisa ser detida e pagar por este crime contra o animal”, completou Márcia. A veterinária também fez um alerta nas redes sociais, lembrando que maus-tratos contra os animais é crime e podem render prisão aos agressores.
A prefeitura de Duque de Caxias não respondeu aos questionamentos do Metrópoles sobre se há alguma investigação aberta para identificar o autor do crime.
Na capital, o Instituto de Vigilância Sanitária recolhe animais de grande porte, vítimas de maus-tratos. Desde 2018, foram recolhidos 1.203 equinos (423 em 2018; 283 em 2019; 310 em 2020; e 187 este ano). Deste total, 90 precisaram ser sacrificados: 37 em 2018; 22 em 2019; 19 em 2020; e 12 em 2021.