Vídeo: Bolsonaro já reclamou de sinal feito por assessor presidencial
Presidente pediu para apoiador apagar foto com ele na qual fazia o sinal de “ok”, gesto também usado por supremacistas brancos nos EUA
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já demonstrou irritação com o gesto supostamente usado pelo assessor Filipe Martins em sessão do Senado Federal da quarta-feira (24/3).
O gesto feito pelo servidor pode ter várias conotações. Em alguns países, é usado para sinalizar “ok”, mas no Brasil pode indicar uma obscenidade. Recentemente, passou a ser usado pelos supremacistas brancos nos Estados Unidos como uma “tática popular de trolagem”.
O “W” formado com os 3 dedos significa “White” e os outros 2 dedos formam a letra “P”, que significaria “Power”. “White Power” é uma expressão racista que significa “Poder Branco”.
Em fevereiro do ano passado, Bolsonaro pediu para um apoiador apagar uma foto na qual o homem fez o sinal ao posar com o chefe do Executivo.
Assista ao vídeo:
Entenda
Martins acompanhava, na quarta-feira (24/3), audiência do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Senado, quando as câmeras da Casa o flagraram fazendo o gesto com as mãos. O ministro e o assessor participaram da audiência de forma presencial, da sala de comando das sessões remotas. Martins apareceu atrás do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Em defesa, Filipe Martins disse que estava ajeitando a lapela do terno. Ele usou o Twitter, na noite de quarta-feira (24/3), para justificar as imagens em tom ácido: “Mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno”.
Em outro post, ele divulgou fotos do ex-presidente Lula e do youtuber Felipe Neto fazendo gestos que na visão dele seriam semelhantes aos seus: “A oposição ao governo atingiu um estado de decadência tão profundo que tenta tumultuar até em cima de assessor ajeitando o próprio terno. São os mesmos que vêm gesto nazista em oração, que forjam suásticas e que chamam de antissemita o governo mais pró-Israel da história”.