Veto à desoneração preocupa setores de tecnologia e telesserviços
O presidente da Federação das Empresas de Tecnologia da Informação, Gerino Xavier, explica que veto agrava “pejotização” de profissionais
atualizado
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O setores de tecnologia da informação e telesserviços manifestaram preocupação diante dos possíveis impactos do veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política de desoneração da folha de pagamentos, que abrange 17 áreas econômicas. O veto foi anunciado na noite desta quinta-feira (23/11).
A decisão pegou de surpresa a Federação das Empresas de Tecnologia da Informação (Fenainfo), que há tempos defende a desoneração. O presidente da entidade, Gerino Xavier, expressou insatisfação com o veto presidencial.
“A desoneração, atualmente, é essencial para a manutenção desses empregos e importantíssima para o bem-estar econômico do país. É uma causa que une trabalhadores e empresários. Em conjunto com outras entidades do setor de tecnologia e diversos segmentos afetados, vamos continuar mobilizados para a derrubada do veto no Congresso”, explica Xavier.
Ele continua.: “A crise iminente que se desenha no horizonte do setor de tecnologia é intensificada pela já complicada situação trazida pela nova reforma tributária. As empresas de tecnologia, que operam em um ambiente altamente competitivo globalmente, agora enfrentam uma carga tributária adicional que pode resultar em efeitos devastadores”.
Segundo Xavier, as políticas recentes apenas agravam a tendência de “pejotização” de profissionais, o êxodo de talentos e a redução da competitividade das empresas brasileiras no contexto global. “Perdemos muitos profissionais de TI para outros países que oferecem condições mais atrativas”, ressalta.
Telesserviços
Em nota, a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) também lamentou o veto de Lula ao PL da Desoneração e se comprometeu a tentar derrubar o veto por meio do Congresso Nacional.
A ABT destacou que a política havia beneficiado o aumento de contratações, e que o setor de telesserviços emprega cerca de 1,4 milhão de trabalhadores formais. “O veto integral, caso mantido, representará uma perda fundamental de incentivo à contratação de pessoas em um momento em que é necessário o aumento do emprego formal no país”, avalia.