Vestibular da Fuvest: 1º dia da segunda fase tem 7,69% de abstenção
Dos 33 mil candidatos aprovados na primeira fase, 2.563 não compareceram neste domingo (21/2)
atualizado
Compartilhar notícia
A taxa de abstenção na prova da segunda fase do vestibular da Fuvest, que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP), foi de 7,69%. Apesar da pandemia da Covid-19, no entanto, o número é semelhante ao de anos anteriores.
Dos 33 mil candidatos aprovados na primeira fase, 2.563 não compareceram neste domingo (21/2). Nesta segunda-feira (22/2), os estudantes farão as provas de disciplinas específicas. Os candidatos disputam, ao todo, 11.147 vagas.
Redação
O tema da redação da segunda fase foi uma pergunta: “O mundo contemporâneo está fora da ordem?” Os candidatos tiveram cinco textos de apoio que levavam a uma resposta afirmativa. Segundo professores de cursinho, o tema proposto permitia aos candidatos explorar questões políticas, socioeconômicas e ambientais, além da própria pandemia.
A professora Maria Aparecida Custódio, do laboratório de redação do Objetivo, disse que o candidato poderia “ter abordado vários aspectos relacionados a aquilo que hoje chama a atenção no mundo: questões econômicas, sociais, políticas, questões relacionadas ao meio ambiente, entre outras que podem contribuir para o candidato conseguir responder a pergunta tema.”
O professor de redação do Curso Anglo, Felipe Leal, destacou três pontos que poderiam ser abordados e sugeriu que o aluno fosse além dos textos-base que foram apresentados. “Foi um tema bem típico da banca, um estímulo às visões política e autoral”, disse.
“Chama a atenção a questão econômica e ambiental. Há uma sugestão de maquinização do mundo, uma ordem que de certa forma submete a natureza e a todos nós, uma ordem desumanizadora. Faz também pensar em mudanças climáticas e na insuficiência que a ordem de hoje responde as questões urgentes do tempo”, avaliou o educador. “Essas questões podem ser relacionadas, a visão exploratória da natureza, como fonte de recursos apenas, provocando problemas ambientais. Mas a banca estimula que vá além da coletânea, poderia falar também de questões políticas”, completou.
A prova de português teve uma primeira parte com seis questões de linguagem envolvendo interpretação de texto e figuras de linguagem, para que o candidato demonstrasse conhecimento no sentido de palavras, formação de vocabulário. E uma segunda, de literatura, com mais quatro questões.
“De maneira geral, a prova estava bem dividida, bem trabalhada, cobrou uma leitura atenta dos livros obrigatórios. Tinha questão de enredo do Nove Noites, por exemplo. Se o aluno não tivesse feito a leitura de fato não faz a resposta”, destacou Simone Motta, coordenadora de português do Colégio Etapa.