Vereadores de SP aprovam aumentos de 47% a 56% para prefeito, vice e secretários
O Projeto de Lei ainda terá segunda votação; segundo o texto, subsídio de Bruno Covas passará de R$ 24.175,22 para R$ 35.462,00
atualizado
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São Paulo – A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeira votação, nesta segunda-feira (21/12), o aumento dos subsídios (salário de agente político eleito ou indicado) do prefeito Bruno Covas (PSDB), de seu vice e dos secretários. Os reajustes serão, respectivamente, de 47%, 47% e 56%.
De acordo com Projeto de Lei (PL) 173/2018, a partir do dia 1º de janeiro de 2022, o prefeito Bruno Covas (PSDB) passará a receber R$ 35.462,00; seu vice, o atual vereador Ricardo Nunes (MDB), receberá R$ 31.915,80; e os secretários municipais receberão R$ 30.142,70.
Atualmente o prefeito recebe R$ 24.175,22, vice recebe R$ 21.700,00 e secretários recebem R$ 19.340,40.
O PL foi apresentado pelos vereadores Milton Leite (DEM), Rodrigo Goulart (PSD), Arselino Tatto (PT) e Celso Jatene (PL). Na documentação do PL, se alega que o executivo teve perdas em seus subsídios com a inflação dos últimos anos e que o impacto orçamentário seria mínimo.
Segundo o vereador Fábio Riva, o reajuste é justo, porque o prefeito não recebe aumento há oito anos. “O IGP nesse período foi de 100,41%, isso é uma reposição inflacionária bem inferior”, declarou.
O vereador Claudio Fonseca (Cidadania) criticou o PL. “Esse PL pode beneficiar outros agentes, porém o conjunto dos servidores públicos municipais estão com vencimentos congelados desde 2003, recebendo 0,01% de reajuste, com exceção de 2013, quando foi 0,018%. É uma contradição profunda”, disse.
Vereadores de oposição ideológica Celso Giannazi (PSol), na esquerda, e Fernando Holiday (Patriota), na direita, também seguiram na mesma linha de crítica. Holiday disse que o aumento não é razoável num momento de austeridade fiscal em razão da pandemia do novo coronavírus.
Mesmo com os votos contrários, o PL foi aprovado em votação rápida. O PL será votado em segunda votação na quarta-feira (23/12).
A pauta de reajuste de salários não estava publicada de forma explícita no site da Câmara de Vereadores e, até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre a pauta da sessão ou da votação em plenário.