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Vereadora trans Benny Briolly (PSol) deixa o Brasil após ameaças

Negra e transexual, Benny Briolly foi a quinta vereadora mais votada de Niterói (RJ), com 4.458 votos, em novembro de 2020

atualizado

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Benny Briolly
1 de 1 Benny Briolly - Foto: Divulgação

A vereadora Benny Briolly (PSol), eleita em Niterói (RJ), saiu temporariamente do Brasil após sofrer ameaças. Segundo comunicado publicado nas redes sociais, na noite desta quinta-feira (13/5), a parlamentar tem sido alvo de violência política.

Benny foi a primeira vereadora transexual eleita na cidade, com 4.458 votos, a quinta mais votada da cidade.

“Para assegurar sua vida, o PSol precisou tomar uma medida drástica de tirar Benny do país. O que é absurdo e incompatível com o estado democrático. Benny segue acompanhando as sessões plenárias da Câmara Municipal de Niterói, que por conta da pandemia estão sendo virtuais.”

Benny foi a primeira vereadora transexual eleita na cidade, com 4.458 votos, a quinta mais votada da cidade. A deputada estadual Renata Souza (PSol) classifica a situação como grave. “É absurdo o nível de violência política”, afirmou.

Em nota a Executiva do PSol em Niterói informou que “foi a medida extrema que encontramos, e pudemos contar com o rápido apoio de diferentes esferas do partido, para mantê-la segura neste momento. Mesmo fora, ela seguirá acompanhando as sessões plenárias da Câmara de forma virtual”. Segundo a legenda, há cinco meses ela enfrenta ameaças e ofensas, tanto nas redes sociais como presencialmente. “Foram comunicadas várias instâncias do Estado brasileiro sobre a grave situação e esperamos que medidas sejam tomadas”, disse o partido, no comunicado.

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Em Niterói (RJ), Benny Briolly (PSOL) foi eleita a primeira vereadora travesti do município, com mais de 4 mil votos

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Denúncias

Desde que assumiu o cargo público, Benny tem relatado constantes agressões. Em março, ela acusou o vereador Douglas Gomes (PTC-RJ) de transfobia e racismo durante reunião da Comissão de Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente.

De acordo com a equipe parlamentar, Gomes a tratou pelo pronome masculino e a xingou de “vagabundo”, “moleque” e “seu merda”.

“Hoje fui agredida com transfobia, racismo e quase fisicamente pelo vereador fascista Douglas Gomes, que segurado pelos meus companheiros de bancada para que não me encostasse. Foi horrível e doloroso! Chorei, senti medo, senti a dor de ser mulher negra e trans na política, mas não recuei. Companheiras, me ajudem, eu não posso andar só!”, declarou Benny, na ocasião.

 

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