1 de 1 Carol Dartora
- Foto: Reprodução redes sociais
A vereadora de Curitiba (PR) Carol Dartora (PT) relatou, nesta quarta-feira (9/2), ter sido atacada e ameaçada, em rede social, após participar de um protesto contra assassinato do congolês Moïse Kabagambe.
A petista foi chamada de “macaca fedorenta”, “preta safada” e “filha de Satã”, dentre outras ofensas.
“O ato pedindo Justiça por Moïse e Durval tinha como objetivo o combate ao racismo. Estão aproveitando a distorção de sua finalidade e dos fatos para me ameaçar. Não entrei na igreja, mas não julgo quem expressa sua indignação. Nenhum tipo de violência deve ser tolerada”, escreveu Dartora, em uma rede social, junto a registros de ataques racistas que sofrera.
O ato pedindo justiça por Moïse e Durval tinha como objetivo o combate ao racismo. Estão aproveitando a distorção de sua finalidade e dos fatos para me ameaçar. Não entrei na igreja, mas não julgo quem expressa sua indignação. Nenhum tipo de violência deve ser tolerada. pic.twitter.com/yLeygCHu7S
Moïse foi morto, em 24 de janeiro, depois de ser espancado com chutes, socos e golpes com um taco de beisebol.
Já Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi morto pelo próprio vizinho, na porta de casa, em São Gonçalo, na noite da última quarta-feira (2/2). Segundo a polícia, ele foi baleado ao ser confundido com um bandido.
O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro
Reprodução
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Para escapar da violência e da fome no Congo, Moïse se mudou para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2011, quando ainda era criança. Três anos depois, a mãe também passou a viver na capital fluminense
Reprodução
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Moïse trabalhava como garçom, servindo mesas na praia, e recebia por diárias, em quiosque próximo ao Posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital
Arquivo Pessoal
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Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca
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Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram Moïse conversando com funcionários do quiosque. Em determinado momento, os ânimos se acirraram, e um dos homens pega um pedaço de madeira. Moïse tenta se defender com uma cadeira
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O homem que ameaçou Moïse deixou o local e, momentos depois, retornou com outras cinco pessoas, que amarraram os pés e as mãos do rapaz, e o espancaram até a morte
Divulgação
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Segundo testemunhas, o jovem foi agredido por, pelo menos, 15 minutos. Pedaços de madeira e um taco de beisebol foram usados para desferir os golpes contra ele. Policiais encontraram o corpo de Moïse, amarrado e já sem vida, em uma escada
Arquivo Pessoal
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Familiares do congolês só souberam da morte quase 12h depois do crime, na terça-feira (25/1). O jovem foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade
Reprodução/TV Globo
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Os familiares também atribuem o crime ao racismo e à xenofobia, que é o preconceito contra estrangeiros. Além disso, eles denunciaram que, quando foram retirar o corpo do jovem no Instituto Médico-Legal (IML), a vítima estaria sem os órgãos
Reprodução/TV Globo
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Perícia realizada pelo IML indicou que Moïse tinha várias "áreas hemorrágicas de contusão" e também vestígios de broncoaspiração de sangue. Testemunhas afirmaram que a vítima implorou para que não o matassem
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Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas por agentes da Polícia Civil. Segundo a família, cinco investigados estavam envolvidos no assassinato de Moïse
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Na terça-feira (1º/2), um dos funcionários do quiosque se apresentou na delegacia e confessou ser um dos agressores. Segundo ele, os suspeitos tentaram evitar que o trabalhador agredisse um idoso, mas ninguém devia salário para a vítima
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Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirma que periciou o local e analisou imagens de câmeras de segurança. As diligências estão em andamento para identificar os autores