Vereadora agredida em Recife relata ataques nas redes: “Covardes”
Liana Cirne Lins (PT-PE) recebeu spray de pimenta de policiais durante manifestação contra presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Recife
atualizado
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A vereadora Liana Cirne Lins (PT-PE), agredida por policiais durante manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Recife (PE), informou que tem recebido ataques nas redes sociais. Em publicação no Twitter neste domingo (30/5), ela denunciou um dos casos.
Na tarde de sábado (29/5), a parlamentar teve o rosto atingido por spray de pimenta, disparado por um soldado. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a vereadora cai no chão ao receber o jato da substância.
Cirne recebeu os primeiros socorros dos próprios manifestantes. Em seguida, foi levada pela sua equipe a uma Unidade Básica de Saúde.
Veja:
No Twitter, um internauta ironizou a situação e disse que Liana poderia “trabalhar em filme de comédia”: “Ela fez uma cena estilo jogador argentino quando o zagueiro encosta nele de leve”, escreveu.
Em resposta, a vereadora afirmou que está sendo atacada nas redes. “Esse é um exemplo dos machos covardes que estão me atacando, como sempre nos atacam”, disse.
“Conheço teu tipo de longe e sei que teu bocão só não é maior do que tua covardia. Queria ver você ter minha coragem, ficando na frente de uma viatura atirando contra gente inocente. Cabra frouxo!”, publicou Liana.
Confira o post:
Esse é um exemplo dos machos covardes que estão me atacando, como sempre nos atacam.
Conheço teu tipo de longe e sei que teu bocão só não é maior do que tua covardia.
Queria ver você ter minha coragem, ficando na frente de uma viatura atirando contra gente inocente.
Cabra frouxo! https://t.co/vuSUIkQwXh— Liana Cirne Lins (@LianaCirne) May 30, 2021
Entenda o caso
A equipe de Cirne explicou ao Metrópoles que um grupo de advogados do mandato estava nas ruas, em plantão jurídico, para mediar e evitar ações arbitrárias contra os manifestantes. Com isso, eles ficaram sabendo que, próximo ao Palácio do Governo, a PM disparava balas de borracha e gás de pimenta contra as pessoas.
“A vereadora foi até lá para tentar dialogar com os PMs e evitar a violência, mas a resposta dos policiais foi o gás de pimenta”, afirmou o assessor da vereadora Pedro Ivo Bernardes.
Bernardes afirma que o gabinete vai prestar queixa do ocorrido. “Foi uma violência, uma truculência absurda e desnecessária. A manifestação estava ocorrendo de forma pacífica. Não havia necessidade de ter um batalhão de choque nas ruas”, afirmou.