Vereador pede apuração de shows sertanejos no interior de SP
Representação de Toninho Vespoli ao Tribunal de Contas do Estado menciona Bruno e Marrone, Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristian, entre outros
atualizado
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São Paulo – Toninho Vespoli, vereador de São Paulo, pediu ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) uma investigação sobre contratações feitas por prefeituras do interior paulista de cantores sertanejos, no período de 2018 a 2021.
O político do PSol solicitou na representação uma apuração a respeito da Festa do Cavalo de 2018, segundo a Folha de S.Paulo. A prefeitura de Colina, cidade com 18 mil habitantes, gastou R$ 1,1 milhão para contratar apresentações das atrações.
Bruno e Marrone receberem um cachê de R$ 223 mil, Jorge e Mateus de R$ 425 mil, Matheus e Kauan de R$ 200 mil e o DJ Alok de R$ 275 mil.
A prefeitura de Colina afirmou à Folha de S.Paulo que “as contratações dos artistas foram realizadas de acordo com as leis vigentes” e que os shows “foram realizados conforme contrato, bem como os valores pagos eram os valores médios de mercado à época”.
Zé Neto e Cristiano
O vereador do PSol também pediu que o TCE investigue um show de Zé Neto e Cristiano realizado em Atibaia para comemorar o aniversário do município em 2018.
A prefeitura da cidade de 145 mil habitantes pagou um cachê de R$ 220 mil para a dupla sertaneja. A gestão municipal não se pronunciou sobre o assunto.
Sebastianópolis
A representação de Toninho Vespoli mencionou ainda a contratação dos sertanejos por R$ 403,5 mil para o 23º Rodeio de Sebastianópolis. A cidade tem uma população de 3,5 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para o evento, também foram negociados shows de Bruno e Barreto por R$ 85 mil e de Maiara e Maraisa por R$ 200 mil. As apresentações aconteceriam em abril, no entanto acabaram canceladas por causa da pandemia de Covid-19.
A prefeitura de Sebastianópolis do Sul informou que não pagou os cachês, mas que os contratos “ainda serão cancelados”.
A administração municipal também contratou a dupla Matogrosso e Mathias para se apresentação do Réveillon de 2021.
Falta de licitação
O documento do vereador de São Paulo para o Tribunal de Contas do Estado destaca que os artistas foram contratados sem licitação seguindo uma prática comum nas prefeituras brasileiras.
“Por mais que estas contratações sem inexigibilidade de licitação sejam revestidas de legalidade”, disse Vespoli no pedido, “não é defensável uma prefeitura com graves problemas em áreas como saúde ou educação gastar grandes somas de dinheiro na contratação de artistas famosos”.
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