Vereador filmava estado precário da ponte quando estrutura caiu. Veja
Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou no domingo (22/12). Pelo menos 12 pessoas seguem desaparecidas e duas morreram
atualizado
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No domingo (22/12), a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que faz a ligação entre os estados de Tocantins e Maranhão, desabou. No exato momento da tragédia, um vereador de Aguiarnópolis (TO) estava no local fazendo vídeos de denúncias à situação precária da estrutura, que tinha rachaduras no asfalto e estava sem manutenção. Assista:
Elias Junior (Republicanos) capturou em vídeo o momento em que a ponte desabou. Andando pelo acostamento da estrutura, ele mostrava rachaduras no asfalto. De repente, ele e outras pessoas que estavam no local escutaram estalos e viram a estrutura da ponte ceder.
É possível, inclusive, ver o momento em que uma caminhonete passa por cima de uma rachadura que se abriu na pista e uma motocicleta consegue frear antes de entrar na ponte.
Todos que estavam na entrada da ponte saem correndo do local, e o vereador Elias Junior vai até a margem do rio Tocantins. Nesse momento, é possível ver a cortina de fumaça provocada pelo desabamento da ponte e o impacto com a água.
Segundo o vereador, sem manutenção, a ponte estava se deteriorando com o grande fluxo de veículos de carga que trafegavam diariamente por ela.
Vítimas
Até o momento, foi confirmado o óbito de uma mulher, de 25 anos, residente em Aguiarnópolis, e de um homem, de 42. Segundo a Polícia Militar de Tocantins, 13 adultos e 2 crianças seguem desaparecidas. São eles:
- Duas crianças de 3 e 11 anos;
- Duas mulheres;
- Um mototaxista e passageira;
- Um motociclista
- Motorista de um veículo de passeio Citroen C3;
- Três pessoas que estavam em uma caminhonete S10;
- Dois motoristas de caminhões que transportavam ácido sulfúrico;
- Um motorista de caminhão de defensivos agrícolas;
- Um motorista de caminhão de MDF.
As buscas pelos desaparecidos precisaram ser suspensas, na noite desse domingo, após mergulhadores do Corpo de Bombeiros identificarem que dois caminhões que caíram da ponte continham material perigoso e carregavam ácido sulfúrico. Os trabalhos foram retomados posteriormente, mas apenas com botes, sem mergulhadores na água.