Vereador é denunciado por violência política de gênero contra colega
Segundo o Ministério Público, Arthur Barbosa (União) teria constrangido, humilhado e perseguido uma colega vereadora
atualizado
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou o presidente da Câmara Municipal de Cassilândia (MS), Arthur Barbosa (União), por violência política de gênero. O político teria constrangido, humilhado e perseguido uma colega, segundo o documento.
De acordo com a denúncia, Arthur Barbosa teria constrangido a vítima e cortado o microfone dela, além de proferir frases misóginas e críticas à parlamentar. O caso teria acontecido em 11 de março, contra a vereadora Sumara Leal (PDT).
“Empenhadas para que o evento fosse realizado e realizado com sucesso. Vocês sim são dignas de representação e meu respeito como mulheres. E dizer que se usasse o restante do corpo para trabalhar em prol da sociedade, igual usa a língua para difamar, o município seria muito melhor”, disse o presidente da Câmara Municipal de Cassilândia.
Arthur Barbosa alegou que Sumara estava utilizando o seu tempo para desviar o assunto da sessão. Na ocasião, os vereadores discutiam um requerimento de outro colega.
“Fico aliviada em ver o posicionamento do Ministério público, infelizmente talvez na esfera política os resultados não sejam os que a sociedade e eu esperamos, mas confio na justiça, e espero que esse crime seja punido com os rigores da lei, para que seja referência em nosso estado, e sirva de proteção as próximas mulheres que passem por situações como essas”, disse Sumara ao Metrópoles.
O Metrópoles tentou contato com a Câmara Municipal de Cassilândia e com Arthur Barbosa sobre o assunto, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.
Denúncia de perseguição
A vereadora Sumara Leal contou ao Metrópoles que após o episódio, ela passou a ser perseguida pelo parlamentar. Na última sexta-feira (24/3), Arthur Barbosa, acompanhado de outros políticos, teria seguido o carro da vereadora em uma rodovia da cidade.
“O veículo utilizado pelos vereadores passou a lhe perseguir reiteradamente na rodovia, causando-lhe incomodo, pois segundo relata ao passo que acelerava seu veículo na velocidade máxima da via, eles ‘colavam’ atrás e ao diminuir a velocidade ao mínimo permitido, eles também diminuíam”, diz trecho do novo boletim de ocorrência apresentado pela vereadora.