Venezuelanos e haitianos receberam 87% das carteiras de trabalho
Número foi divulgado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) e tem como referência o segundo quadrimestre de 2019
atualizado
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Venezuelanos e haitianos receberam, juntos, 87,3% das 35 mil carteiras de trabalho emitidas pelo governo brasileiro entre maio e agosto deste ano a refugiados e solicitantes de refúgio. O dado é do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta segunda-feira (11/11/2019).
De acordo com o documento, das 35.053 carteiras de trabalho emitidas nesse período, 58,8% foram para os venezuelanos. Na sequência, aparecem os haitianos (28,5%) e os cubanos (6%).
No segundo quadrimestre de 2019, a movimentação de trabalhadores solicitantes de refúgio no mercado formal de trabalho foi puxada pelos venezuelanos, com 3.358 admissões, seguidos pelos haitianos (2.374) e pelos cubanos (478).
Acumulado do ano
De janeiro até agosto, foram admitidos 28.454 imigrantes e demitidos 23.764, saldo de 4.690 postos de trabalho formal.
Os haitianos lideram o emprego formal entre os imigrantes no Brasil. Eles estão no topo do número de admissões em 2019, com 9.242 contratações, seguidos de venezuelanos (6.504), paraguaios (1.794), argentinos (1.199) e bolivianos (906).
Os estados que mais contrataram foram São Paulo (7,2 mil) e Santa Catarina (5,2 mil).
Categorias ocupacionais
A maior concentração da movimentação de trabalhadores imigrantes no mercado de trabalho formal ocorreu em duas categorias:
- comércio;
- produção de bens e serviços industriais.
As ocupações ligadas à indústria, como trabalhadores em funções transversais, da fabricação de alimentos, bebidas e fumo e da indústria extrativa e da construção civil, registraram 32,2% dos postos de trabalho criados em 2019. Já os trabalhadores na área de serviços, vendedores e prestadores do comércio foram 65,4%.