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Venezuela: Lula nega ditadura, mas diz ser “regime muito desagradável”

Presidente brasileiro disse que só reconhecerá um resultado das eleições presidenciais na Venezuela quando houver “prova”

atualizado

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Reprodução/Canal Lula
Imagem colorida do presidente Lula de óculos em frente a microfone fala da Venezuela - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente Lula de óculos em frente a microfone fala da Venezuela - Metrópoles - Foto: Reprodução/Canal Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, nesta sexta-feira (16/8), que a Venezuela viva uma ditadura. Em vez disso, o chefe do Executivo disse se tratar de um “regime muito desagradável”, em meio a um impasse do presidente Nicolás Maduro com a oposição após as eleições.

“Acho que a Venezuela vive um regime muito desagradável, não acho que é ditadura como a gente conhece neste mundo, é autoritário. É um país interessante para o Brasil”, falou em entrevista à Rádio Gaúcha, durante agenda no Rio Grande do Sul.

Esta é a quinta visita do chefe do Executivo ao estado desde as enchentes de maio.

Aferição das urnas na Venezuela

O petista afirmou prezar pela transparência no pleito naquele país. “Teve uma eleição, a oposição falou ‘ganhei as eleições’, o Maduro disse ‘ganhei as eleições’. O que eu estou pedindo são as atas eleitorais. Cadê a ata? A aferição das urnas?”.

Lula disse que só vai reconhecer um resultado “se colocarem prova”.

O presidente ainda contou que Maduro tentou impedir a viagem de Celso Amorim, assessor especial para Assuntos Internacionais, da Presidência, para acompanhar o pleito e que advertiu: “É só ruim para ele [Maduro]”.

O chefe do Executivo ainda traçou paralelos entre as eleições no Brasil e no país comandado por Maduro, ao afirmar que o dia do pleito para os vizinhos foi tranquilo, “não teve sequer PRF [Polícia Rodoviária Federal] impedindo eleitor de votar”, como ocorreu no 2º turno de 2022.

Nota do PT

Questionado sobre a nota do PT que reconheceu a reeleição de Maduro, Lula disse discordar: “Não penso igual à nota, eu não sou da direção do PT”.

“O partido não é obrigado a fazer o que o governo quer, o governo não é obrigado a fazer o que o partido quer. Digo sempre a minha presidente Gleisi Hoffmann, o dia que precisar criticar o governo, pode criticar”, afirmou.

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