Venezuela: eleição foi tema de encontro de Lula com líderes da Câmara
Presidente Lula se reuniu com líderes de partidos da base governista na Câmara dos Deputados para tratar de pautas de interesse do governo
atualizado
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A eleição na Venezuela esteve na pauta do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes dos partidos governistas na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (26/8). A reunião ocorreu no Palácio do Planalto.
O Metrópoles apurou que o presidente Lula disse não reconhecer o resultado que deu a vitória a Nicolás Maduro e enfatizou a necessidade de convocar uma nova eleição. Não é a primeira vez que o petista destaca a necessidade de um novo pleito.
“[Presidente] fez questão de ler para os líderes da Câmara a nota comum entre Brasil e Colômbia em relação à situação na Venezuela. A gente reforçou, mais uma vez, que o reconhecimento do resultado eleitoral passa necessariamente pela publicação dos dados estratificados, uma por uma, para que todos possam reconhecer”, explicou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, órgão máximo eleitoral, declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais. No entanto, o resultado é questionado pela oposição que argumenta que não teve acesso às atas de votação do pleito.
“Você tem várias saídas. Pode fazer um governo de coalizão, convocar a oposição. Muita gente que está no meu governo não votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo”, afirmou Lula em entrevista à Rádio T, em Curitiba.
Reunião de Lula com líderes
O presidente Lula se reuniu com líderes da base governista no Planalto para tratar de propostas de interesse do governo federal, em especial da área econômica. Um dos temas previstos para o encontro era o acordo entre Executivo, Legislativo e Judiciário a respeito das emendas parlamentares.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a execução das emendas parlamentares impositivas indicadas por deputados e senadores ao Orçamento da União.
A decisão de Dino teve ação imediata na Câmara dos Deputados. Horas depois da suspensão, o plenário da Casa Legislativa suspendeu a votação da segunda proposta de regulamentação da reforma tributária e a Comissão Mista de Orçamento (CMO) rejeitou uma medida provisória que abria crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão ao Judiciário.