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Veneno de sapo: membros de grupo xamânico são indiciados por tráfico

Segundo a polícia, integrantes do grupo sabiam da proibição da substância do veneno de sapo e orientaram esconder a droga em bagagem

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1 de 1 sapo-do-rio-colorado (Bufo alvarius ou Incilius alvarius) sapo - Foto: MCAMCAMCA/FLICKR

Goiânia – Cinco investigados ligados ao grupo xamânico que fazia uso do veneno do sapo Bufo alvarius foram indiciados, segundo a Polícia Civil. Do total, três responderão à Justiça por tráfico de drogas, uma por financiamento de tráfico e outra por permitir o uso de determinado local para o mesmo crime.

De acordo com o delegado responsável pela apuração do caso, Francisco Costa, os envolvidos sabiam da proibição da substância e chegaram a ser orientados, por um líder espiritual, a esconder a droga dentro de bagagens. A polícia não divulgou o nome dos envolvidos.

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Rituais eram anunciados pelas redes sociais
Substância foi apreendida na casa de um líder espiritual em GO
A substância psicoativa é retirada da pele e veneno do sapo Alvarius
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Rituais acontecem há cerca de dois anos em Goiânia e Pirenópolis

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Rituais eram anunciados pelas redes sociais

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Substância foi apreendida na casa de um líder espiritual em GO

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A substância psicoativa é retirada da pele e veneno do sapo Alvarius

Reprodução/Instituto Butantan

Alucinógeno

A substância alucinógena 5-meo-DMT é extraída da pele e do veneno do sapo Bufo alvarius e foi apreendida em Goiânia, Pirenópolis e no Rio de Janeiro. No total, foram apreendidos 12 gramas da substância nos três municípios em abril deste ano. A droga teria sido adquirida por R$ 4,3 mil no México.

De acordo com o delegado, o homem apontado como líder do grupo divulgava as cerimônias em redes sociais, sendo que os interessados faziam o pagamento e agendamento prévio. No dia combinado, os clientes eram atendidos em um centro espiritual de Goiânia ou em Pirenópolis. As cerimônias ocorrem há pelo menos dois anos.

Conforme explicação do investigador, o valor cobrado nos atendimentos era de R$ 300. Segundo ele, a quantidade apreendida da substância seria suficiente para fazer cerca de 500 atendimentos, o que geraria um lucro de R$ 150 mil.

Ainda de acordo com Costa, das cinco pessoas investigadas, três são de Goiás, sendo o líder religioso, uma funcionária pública estadual e o proprietário dos locais onde as cerimonias com a substância eram realizadas. Os demais suspeitos são do Rio de Janeiro, onde também foram realizadas apreensões.

Um professor de yoga da cidade carioca, inclusive, seria o responsável por ter comprado a droga no México e tê-la mandado para Goiás, com a ajuda do comparsa que financiou parte da aquisição. De acordo com o investigador, o produto teria sido recebido pela servidora goiana, parente do líder religioso.

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