Vendedora de empada desabafa nas redes e gera rede de solidariedade
Georgia contou que não conseguiu vender nenhuma empada, única fonte de sustento. Até o momento, mais de 100 pessoas fizeram doações
atualizado
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Depois de um dia de vendas frustradas, Georgia Vello fez um desabafo nas redes sociais. Moradora do bairro de Olivença, em Ilhéus (BA), ela e o marido vendem empadas como única fonte de sustento.
“Acordamos com a esperança de vender nossos produtos, mas mais uma vez não aconteceu”, contou ao Metrópoles. Normalmente, as vendas são mais intensas na região turística, mas a vendedora acredita que as chuvas intensas no estado e a pandemia diminuíram drasticamente o número de pessoas que transitam pela cidade.
Georgia e o marido, Sergio, não conseguiram vender as empadas no último sábado (8/1). As vendas têm sido fracas. “Essa situação nos entristece por ter certeza da qualidade dos nossos produtos, do amor com que produzimos cada uma delas”, diz a vendedora.
Porém, ao compartilhar um desabafo nas redes sociais, o casal teve uma feliz reviravolta. Pessoas de diferentes estados se solidarizaram com a história e fizeram transferências via PIX para Georgia e Sergio.
Somando mais um dia sem vender nada.
Cansada e triste 😢 pic.twitter.com/z0xagmoahi— Georgia#Lula2022 (@GeoVello) January 8, 2022
Os vendedores doaram as empadas compradas virtualmente por moradores de outros estados. Neste domingo (9/1) e na segunda (10/1), eles continuarão a produzir e doar os salgados já encomendados.
“Hoje pela tarde irei entregar mais para as crianças e uma dessas contribuições vai ser pra uma comunidade indígena. Amanhã já vamos produzir para serem entregues”, explicou Georgia.
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Casados há trinta anos, os dois vendem empadas desde 2015. Moravam em João Pessoa, mas voltaram para Olivença, em Ilhéus, por causa da pandemia, onde recomeçaram a vida profissional.
“Estamos anestesiados com tudo isso, seremos eternamente gratos por cada ajuda que recebemos”, desabafou a cozinheira.