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Venda ilegal de presentes por aliados de Bolsonaro ultrapassaria R$ 1 milhão, diz PF

A conta do general Mauro César Lourena Cid, pai de ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, teria sido utilizada para receber os valores

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Imagem colorida de Jair Bolsonaro segurando presente saudita - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Jair Bolsonaro segurando presente saudita - Metrópoles - Foto: Reprodução

A venda ilegal dos presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria feito seu grupo, composto pelos assessores Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, o tenente-coronel Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid e o advogado Frederick Wassef, se beneficiar em pelo menos R$ 1 milhão, de acordo com investigação da Polícia Federal (PF).

O documento da PF que embasou a operação desta sexta-feira (11/8) levanta a suspeita de que Bolsonaro receberia a verba das vendas irregulares de presentes em dinheiro vivo. Os valores totais ainda estão sendo investigados, já que parte dos bens foi recomprada pelos investigados, devido a devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A conta do general Cid teria sido, inclusive, utilizada para recebimento dos valores.

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Pai de Mauro Cid tentou vender esculturas, parte de presentes oficias enviados por sauditas
Em conversa, Mauro Cid lembra o pai de fotografar as esculturas
Caixa onde escultura saudita estava guardada
Escultura apelidada de o "barco" fora da caixa
O "barco", um dos presentes oficiais enviados por sauditas que pai de Mauro Cid tentou negociar
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Pai de Cid deixa rosto aparecer em reflexo de caixa com esculturas sauditas

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Pai de Mauro Cid tentou vender esculturas, parte de presentes oficias enviados por sauditas

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Em conversa, Mauro Cid lembra o pai de fotografar as esculturas

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Caixa onde escultura saudita estava guardada

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Escultura apelidada de o "barco" fora da caixa

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O "barco", um dos presentes oficiais enviados por sauditas que pai de Mauro Cid tentou negociar

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Escultura apelidada de o "barco" dentro da caixa

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Escultura apelidada de o "barco" dentro da caixa

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Escultura apelidada de o "coquerio" fora da caixa

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Pai de Mauro Cid tentou avaliar a escultura apelidada de o "coqueiro", um dos presentes oficiais enviados por sauditas

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Escultura apelidada de o "coquerio" dentro da caixa

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Bolsonaro recebeu uma árvore semelhante as fotos em 16 de novembro de 2021, após Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira na cidade de Manama, Bahrein

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Fachada da Gold Grillz Miami, loja que comercializa produtos com ouro ou outros metais preciosos

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A busca e apreensão feita pela PF contra Mauro Cid resultou, entre outras iniciativas, na identificação de um comprovante de saque de uma conta de seu pai, o general Mauro César Lourena Cid, nos Estados Unidos. ”

Cita o documento: “Apreendeu [a investigação] um comprovante de retirada no valos de US$ 6.000,00 (seis mil dólares), realizado no dia 18/1/2023, da conta com final 5691, banco “BB Américas”, em conjunto com um maço de US$ 2.000,00 (dois mil dólares) em cofre na residência do referido investigado. Na análise realizada, a Polícia Federal identificou “mensagens enviadas por LOURENA CID a seus filho MAURO CID, na data de 12 de junho de 2022, com dados de uma conta bancária no BB Américas, em que o número da conta tem os mesmos quatro últimos dígitos da conta que aparece no recibo de saque acima descrito, indicando que a referida conta bancária pertence, possivelmente, a MAURO CESAR LOURENA CID”.

Outro comprovante mostra a venda de um relógio no valor de 68 mil dólares, com depósito na conta de Mauro César Lourena Cid.

“(…) o referido relógio foi efetivamente alienado nos Estados Unidos, por meio da Loja PRECISION WATCHES, pelo valor de US$ 68.000,00 (sessenta e oito mil dólares), depositados em conta bancária de MAURO CESAR LOURENA CID”, afirma outro trecho.

Nesta sexta, a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2, por determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A ação trata da relação de presentes recebidos no exterior pelo Estado brasileiro, na gestão de Bolsonaro, e depois comercializados para “lucro próprio”.

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