“Vem aqui, calcinha apertada!”: Eduardo Bolsonaro provoca Doria em SP
João Doria foi o principal alvo da fala de Eduardo Bolsonaro durante os atos deste 7 de Setembro na Avenida Paulista: “Calcinha apertada!”
atualizado
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São Paulo – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) fez provocações ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nos atos na Avenida Paulista na tarde desta terça-feira (7/9). Em fala em um carro de som, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou o tucano de “calcinha apertada”.
“Vai catar coquinho, calcinha apertada. Vem aqui, calcinha apertada, ver o quanto o povo gosta de você”, disparou Eduardo, em referência ao governador de São Paulo.
O parlamentar foi ovacionado pelo público presente. Jair Bolsonaro também se refere regularmente ao tucano com expressões semelhantes.
De quebra, Eduardo Bolsonaro também criticou o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e fez referências homofóbicas. “Rodrigo Maia só começou a trabalhar com a pauta LGBT depois de começar a trabalhar com Doria. Esse gordinho nunca me enganou”, disparou. Recentemente, Maia disse acreditar que o presidente Bolsonaro é gay, enfurecendo o clã.
Eduardo Bolsonaro também acusou que o governo paulista tem ligações com o crime organizado e facções criminosas. “O governo de SP negocia com o PCC, a gente sabe disso”, acrescentou.
O deputado federal deu a entender que as manifestações deste 7 de Setembro mostram a força do grupo. “Se eles achavam que iam nos intimidar, o tiro saiu pela culatra. Se acham que temos medo de sermos presos, nós só temos medo de ser escravos desses ratos”, afirmou em discurso.
O filho do presidente disse que sua família é perseguida. “Igual a vocês, minha família também é perseguida. Temos todo um aparato que foi montado durante 30 anos de governo de esquerda que está sendo usado sem escrúpulos contra nós. Daniel Silveira, Roberto Jefferson, Sara foram presos ou passaram pela prisão. Esses ‘fdp’ nos acusam de ser antidemocráticos quando eles são os antidemocráticos”, ressaltou.
PM
O parlamentar também criticou a restrição à ida de policiais militares aos atos.
“Que porra de democracia é essa que estamos vivendo? Que policiais de folga são impedidos de se manifestar. Vai catar coquinho, calcinha apertada!”, reforçou.
“Temos que começar a falar da paralisação da polícia. Colocaram câmeras nos nossos policiais para intimidá-los, porque o governo de SP negocia com o PCC desde 2006. De alguma maneira temos que mudar isso, nem que seja no debate para governador. A nossa PM está sendo intimidada para não entrar nas áreas dominadas pelo crime. Sabe quem é que mais sofre quando a PM não está presente? São justamente os mais pobre”, disse, ainda se referindo ao tema PM.
Eduardo Bolsonaro também defendeu o armamento da população. “A gente elegeu o Bolsonaro é pra deixar a gente ter acesso às armas sim, e deixar a gente ter o calibre que quiser”, acrescentou.