Velocidade do afundamento de mina em Maceió aumenta e chega a 2,16m
A mina de sal-gema operada pela Braskem, em Maceió, corre risco de colapso, e velocidade de afundamento aumentou para 0,35 cm por hora
atualizado
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Novo boletim da Defesa Civil de Maceió, divulgado na manhã deste sábado (9/12), revela que o solo cedeu 2,16 metros em uma mina de sal-gema operada pela Braskem, na capital alagoense, e onde há risco de colapso.
O estado de alerta da Defesa Civil é permanente devido ao risco de colapso da mina 18. A velocidade do deslocamento aumentou de 0,21 cm/h para 0,35cm/h, acumulando movimento de 8,6 cm nas últimas 24h.
Por precaução, a recomendação do órgão é para que a população não transite na área desocupada até nova atualização, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.
O bairro do Mutange, que faz parte da zona crítica para risco de colapso, registrou mais de mil abalos sísmicos no espaço de cinco dias.
As atividades de mineração da Braskem nas minas de sal-gema provocaram o deslocamento do solo há anos, numa situação que obrigou mais de 55 mil pessoas a deixarem suas casas desde 2018, quando foi sentido o primeiro tremor de terra no bairro do Pinheiro.
O sal-gema, que tem uso industrial, só parou de ser extraído pela empresa no subsolo de Maceió em 2019. A Braskem é uma sociedade entre a Petrobras, que é controlada pelo governo federal, e a Novonor (ex-Odebrecht).