Veja qual será a composição da CPI mista do 8/1 no Congresso Nacional
Após articulações, governo garantiu maioria de senadores da base na CPMI. Na Câmara, a maior parte ficará com bloco de Lira
atualizado
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O Congresso Nacional instituiu, nesta quarta-feira (26/4), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos golpistas do 8 de janeiro. Líderes partidários devem indicar os nomes dos parlamentares que farão parte da composição do colegiado.
Após articulações, o governo conseguiu garantir maioria das vagas do Senado. Na Câmara, a maior parte das vagas será ocupada pelo superbloco de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.
O regimento do Congresso prevê que o grupo seja formado por número igual de deputados e senadores indicados por líderes, de acordo com a proporcionalidade dos blocos partidários. Ao todo, serão 32 parlamentares: 16 deputados e 16 senadores.
O governo conseguiu garantir maioria na composição de senadores indicados para o colegiado. A conquista de mais espaço ocorreu após o líder do governo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mudar de bloco partidário. Ele integrava o bloco Democracia, que conta com as siglas, PSD, Podemos, MDB, União e PDT.
Agora, Randolfe faz parte do bloco Resistência Democrática, que tem parlamentares do PT, PSB e PSD. Com a mudança, a composição no Sendo ficará da seguinte forma:
- Bloco Resistência (PT, PSB, PSD, Rede): 6 vagas;
- Bloco Vanguarda (PL, Novo): 2 vagas;
- Bloco Aliança: (PP, Republicanos): 2 vagas;
- Bloco Democracia (PDT, MDB. PSDB, Podemos, Rede, União): 6 vagas.
Na Câmara, a maior parte da comissão será integrada por parlamentares do superbloco de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. A indicação dos integrantes será feita pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do bloco.
- Bloco União, PP, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, Solidariedade, Patriota: 5 vagas;
- Bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos, PSC: 4 vagas;
- PL: 3 vagas;
- PT: 2 vagas;
- PSol/Rede: 1 vaga;
- Novo: rodízio.
Mudança de estratégia
Inicialmente, o governo era contrário à instalação da CPMI, por considerar que a criação do colegiado seria uma estratégia da oposição para obstruir as investigações sobre o caso.
No entanto, após a divulgação dos vídeos com Gonçalves Dias no interior do Palácio do Planalto, o governo mudou o posicionamento. Em entrevista coletiva na última semana, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, afirmou que a base irá brigar por cargos de presidência e relatoria do colegiado.
“Ninguém brinca com a democracia. Se o Congresso quiser instalar a CPMI, estamos prontos para ajudar, inclusive para investigar. Já que querem… Nós sempre dissemos: CPMI é instrumento da oposição. É legítimo a oposição pedir CPMI. Quem governa não pode perder”, afirmou Guimarães.