Veja o que o STF falou sobre “patriota” que tentou suicídio na Papuda
A defesa alega que o réu tem comorbidades. No entanto, o STF afirma que “em nenhum momento foi apontada pela defesa questão de saúde”
atualizado
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Claudinei Pego da Silva, um dos réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, tentou se suicidar no último sábado (9/12), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Após o incidente, o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu nota afirmando que, além de manter a prisão preventiva, o julgamento do suspeito está marcado.
A defesa de Silva alega que o cliente tem comorbidades e que, no momento, não há fatos que justifiquem a manutenção da custódia. Com base nessas declarações, os advogados solicitaram, em 23 de agosto, a revogação da prisão preventiva.
Contudo, segundo nota do STF, “em nenhum momento foi apontada pela defesa questão de saúde e não há nenhum registro nos autos sobre qualquer comorbidade”. Além disso, registros policiais e judiciais de Silva, entre elas posse irregular de arma de fogo, ameaça, dano, violência doméstica, corroboraram na decisão de manter a custódia do réu.
STF mantém julgamento
O Supremo informou que a ação contra Claudinei Pego da Silva será julgada entre 15 de dezembro e 5 de fevereiro de 2024, em plenário virtual. Ainda de acordo com o STF, “é possível verificar a participação ativa e o engajamento do réu ao movimento golpista”.
“Há ainda fotos e vídeos do réu durante a invasão da Praça dos Três Poderes, além de relatos de toda a dinâmica criminosa, com o registro, inclusive, da comemoração dos invasores durante o ato”, diz trecho de comunicado.
Tentativa de suicídio
No sábado (9/12), o réu tentou se enforcar utilizando uma camisa, mas foi contido pelos agentes, segundo o diretor da Papuda. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e Silva passou por exames médicos no hospital de São Sebastião.
Conforme o relato do presídio, o réu não sofreu nenhuma lesão e retornou ao complexo prisional ainda no sábado.