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Veja o que muda no clima do Brasil se o La Niña chegar forte

Fenômeno que afeta o clima brasileiro tinha previsão para agosto, mas só vem setembro. No entanto, com intensidade mais fraca

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Ilustração de imagem colorida do globo terrestre La Niña clima
1 de 1 Ilustração de imagem colorida do globo terrestre La Niña clima - Foto: Getty Images

De acordo com o CPC/NCEP (Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos), há 66% de chances de o fenômeno La Niña ocorrer em 2024, o que deve afetar o clima no Brasil.

As previsões iniciais apontavam que o início do fenômeno se daria neste mês de agosto. Porém, ele deve começar na primavera, entre os meses de setembro e novembro deste ano.

Por meio de nota, o CPC afirmou que, apesar de a taxa de resfriamento da temperatura da superfície do mar ter sido mais lenta do que se esperava, “as condições ainda são favoráveis para o desenvolvimento do La Niña nos próximos meses”.

As condições em questão são as temperaturas abaixo do normal no subsolo e os ventos de leste fracos.

Como o La Niña vai afetar o clima do Brasil?

O órgão aponta que, no Brasil, o La Niña pode ter impacto no setor agrícola, apesar de apresentar uma intensidade mais fraca. No sul do país, por exemplo, deve beneficiar a produção de soja. Contudo, a região pode sofrer com estiagem devido à redução de chuvas.

Já as regiões Norte e Nordeste devem apresentar mais chuvas do que o habitual, também auxiliando na agricultura local, de acordo com o Climatempo.

Característica comum do fenômeno, o atraso nas chuvas da primavera pode não acontecer desta vez devido à sua fraca intensidade. Dessa forma, seus efeitos só devem ser sentidos no final da primavera ou início do verão, época chuvosa em várias regiões do país.

O que acontece no La Niña?

Durante o La Niña, a temperatura do Oceano Pacífico na região tropical fica abaixo da média. Isso traz condições mais secas em algumas áreas da América do Sul enquanto provoca chuvas mais intensas em outras partes do mundo, como na Ásia.

Além disso, o fenômeno pode afetar o Atlântico. Dados da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) mostram que as temperaturas da superfície do oceano começaram a cair desde maio, chegando a um ou dois graus Fahrenheit mais frias do que o normal para a época.

Embora os cientistas ainda não entendam totalmente o motivo do rápido resfriamento, ele indica a chegada do La Niña. A mudança vem após recordes de temperaturas elevadas desde março de 2023, devido à ação humana e ao El Niño.

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