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Veja o que acontece com Bolsonaro e outros indiciados da CPI do 8/1

Relatório final da CPMI será enviado ao Ministério Público, que analisa abertura ou não de investigação contra os indicados

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Imagem colorida mostra a senadora Eliziane Gama levantando a Constituição durante a CPMI do 8/1 - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra a senadora Eliziane Gama levantando a Constituição durante a CPMI do 8/1 - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro foi aprovado, nessa quarta-feira (18/10), pedindo o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros de Estado e militares. Entre os crimes apontados, estão associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O documento havia sido lido pela relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), na terça-feira (17), e, na quarta, os parlamentares se limitaram a expor suas posições e, no fim, votar o parecer de 1.751 páginas.

Durante o funcionamento, a CPI tem poder de uma autoridade do Judiciário – pode pedir a quebra de sigilo telefônico e telemático dos investigados, por exemplo, sem a necessidade de autorização judicial.

No fim, no entanto, a comissão não pode indiciar ninguém, mas apenas juntar provas e enviar as apurações à autoridade, que considera ou não a abertura de um inquérito. Se o Ministério Público apresentar denúncia, o Judiciário ainda precisa aceitar e, só então, o indiciado pela comissão passa a ser réu.

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O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro
Suspeito de ter participado da tentativa de atentado a bomba em Brasília, Wellington Macedo foi indiciado por associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de estado
General do Exército Gonçalves Dias se livrou de indiciamento
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Luís Reis também foi indiciado
O hacker Walter Delgatti Neto foi poupado no relatório final de Eliziane Gama
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Carla Zambelli (PL-SP) foi a única parlamentar indiciada pela CPI

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O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro

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Suspeito de ter participado da tentativa de atentado a bomba em Brasília, Wellington Macedo foi indiciado por associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de estado

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General do Exército Gonçalves Dias se livrou de indiciamento

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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Luís Reis também foi indiciado

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O hacker Walter Delgatti Neto foi poupado no relatório final de Eliziane Gama

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Tenente-coronel do Exército, Mauro Cid deixou a prisão após acordo de colaboração premiada com o STF

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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres foi indiciado por associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado

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Ex-comandante do Departamento de Operações (DOp) da PM-DF também foi indiciado no relatório final

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Ex-PRF, Silvinei Vasques está no rol de indiciados no relatório de Eliziane Gama

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Por isso, agora, o relatório final de Eliziane Gama será entregue na próxima terça-feira (24/10) à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve mandar alguns casos aos ministérios públicos dos estados. O documento será encaminhado também ao Ministério Público Militar (MPM), em data a ser definida.

No caso de figuras com prerrogativa de foro, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o caso fica com a PGR. Em outras situações, de pessoas sem prerrogativa, a análise vai para o MPF ou aos MPs estaduais. Esses órgãos vão analisar as provas e propor ou não denúncia contra os envolvidos. Até que haja denúncia, as análises são preliminares. Se entender que não há prova de crime, o Ministério Público pede o arquivamento das investigações.

A CPI da Covid-19, por exemplo, que ocorreu em 2021 no Senado, terminou com o pedido de indiciamento de 80 pessoas, entre elas o então presidente Bolsonaro. Apesar da quantidade de pedidos de indiciamento, não houve avanços efetivos das informações obtidas pela comissão no âmbito judicial.

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Presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), fala ao final dos trabalhos da comissão
Carla Zambelli e Arthur Maia na CPMI do 8 de Janeiro. A deputada foi a única parlamentar indiciada
A CPMI do 8 de Janeiro se reúne na manhã desta terça-feira (17/10) para a leitura do relatório final do colegiado
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Parlamentares da base comemoram após aprovação do relatório de Eliziane Gama (PSD-MA) na CPMI do 8 de janeiro

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Presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), fala ao final dos trabalhos da comissão

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Carla Zambelli e Arthur Maia na CPMI do 8 de Janeiro. A deputada foi a única parlamentar indiciada

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A CPMI do 8 de Janeiro se reúne na manhã desta terça-feira (17/10) para a leitura do relatório final do colegiado

Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Bolsonaro e outros envolvidos que gozavam da prerrogativa de foro tiveram as denúncias enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Coube à PGR avaliar as provas e pedir ou não o prosseguimento da denúncia. No caso de Bolsonaro, a Procuradoria pediu o arquivamento das sete apurações preliminares ainda no início do ano passado. Em março deste ano, o ministro Dias Toffoli arquivou duas investigações.

Críticas

O fato de a senadora Eliziane Gama ter poupado algumas figuras em seu relatório, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, que estava no Palácio do Planalto durante a invasão, gerou críticas sobre suposta parcialidade do relatório.

No documento, no caso de G. Dias, ela alegou que não era possível igualar a conduta dele com a de seus subordinados, que foram indiciados.

“[G. Dias estava] efetivamente no cargo havia apenas sete dias, ao passo que os seus inferiores hierárquicos eram evidentemente conhecedores de informações privilegiadas a respeito do risco concreto de danos ao Palácio do Planalto, e que optaram dolosamente por se omitir, quando tinham a obrigação normativa de agir para evitar o resultado”, argumentou.

Eliziane também livrou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que chegou a ser afastado pelo STF após as invasões dos Três Poderes, mas depois reassumiu o cargo.

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