Veja fotos da 1ª noite na Sapucaí e saiba quem desfila neste sábado
Escolas do grupo de acesso, que tentam subir para a elite do samba carioca, sofreram na sexta com temporal. Disputa será concluída hoje
atualizado
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Os foliões do Rio de Janeiro que foram assistir aos desfiles das escolas de samba do grupo A, ou de acesso, na Marquês de Sapucaí sofreram com a forte chuva que desabou sobre a cidade na sexta-feira (1º/3). O temporal prejudicou a evolução das agremiações a atrasou o início da disputa em uma hora. Neste sábado, mais seis escolas passam pelo sambódromo carioca, e a previsão é que a chuva seja mais amena.
O atraso no começo das apresentações foi o segundo problema enfrentado pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) e as 13 agremiações do grupo A. A Marquês de Sapucaí havia sido interditada a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e só foi liberada faltando menos de uma hora para o horário inicialmente previsto para o início do desfile de sexta. Não bastasse isso, algumas candidatas ainda enfrentaram problemas como incêndios nos barracões.
Contudo, quando finalmente foi dada a largada para as apresentações, as escolas brilharam. As agremiações não pouparam críticas sociais e a políticos, incluindo o prefeito da cidade, Marcello Crivella (PRB) – um dos alvos preferidos na abertura do Carnaval carioca, quando sete agremiações passaram pela avenida.
Veja fotos do primeiro dia de desfiles:
As primeiras a desfilar foram Unidos da Ponte e Alegria da Zona Sul, que acabou ultrapassando o limite de 55 minutos em 1 minuto e deve ser penalizada. A Acadêmicos da Rocinha falou sobre preconceito e estampou fotos de crianças desaparecidas e mortas da comunidade nas fantasias das baianas. A Acadêmicos de Santa Cruz homenageou a atriz Ruth de Souza e teve problemas com alguns dos carros, o que gerou atraso de 2 minutos no tempo limite (também deve perder na pontuação).
A Unidos de Padre Miguel homenageou o autor e romancista Dias Gomes e levou forte crítica política, com figuras como o “eleitor pamonha” e o prefeito fictício Odorico Paraguaçu – metade político, metade diabo. A Inocentes de Belford Roxo reaproveitou materiais recicláveis, como 12 mil garrafas pet, caixotes de feira e pratos de isopor.
O encerramento do primeiro dia dos desfiles ficou com a Acadêmicos do Sossego, que abordou a intolerância religiosa. O desfile era esperado por uma escultura do diabo com inspiração no prefeito Marcelo Crivella: o carro foi trocado por outro, de um anjo; e o atual prefeito foi mencionado diretamente em uma faixa, cobrando tolerância religiosa.
A noite deste sábado (2/3) marca o segundo dia dos desfiles do grupo de acesso do Rio. Desfilarão as agremiações Unidos de Bangu, Renascer de Jacarepaguá, Estácio de Sá, Unidos do Porto da Pedra, Império da Tijuca e Acadêmicos do Cubango.