Veja estados onde PT e PL não elegeram nenhum prefeito
Eleitores de 51 municípios, sendo 15 capitais, foram as urnas no domingo (27/10) para o segundo turno das eleições 2024
atualizado
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O resultado das Eleições Municipais de 2024 foi o dos sonhos do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL). As duas siglas faziam projeções acima do que garantiram nas urnas no pleito deste ano. Em alguns estados, entrentanto, o resultado foi ainda pior, já que não conseguiram qualquer prefeitura.
Conforme dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral relatiovos ao primeiro e ao segundo turno, o PT não elegeu nenhuma prefeitura no Acre, no Amapá, no Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Roraima.
Já o Partido Liberal não conquistou prefeituras somente em três estados, sendo eles Ceará, Piauí e Roraima. O levantamento considera 5.520 municípios que já tiveram o resultado das urnas já oficializados pelo TSE. Tanto primeiro quanto segundo turno.
Governo petista
Na avaliação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o partido sofre com uma crise política desde 2013, quando as manifestações a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) tiveram início.
“Uma crise que ainda tem seus efeitos hoje, embora já tenha arrefecido um pouco o que foi em 2020, quando tinha muito mais ação contrária à nossa liderança, inclusive de violência física. Ainda assim, a gente sente muito essa desconstrução do partido. Por isso que, na nossa avaliação, há um processo de reconstrução do partido nas eleições municipais”, disse a parlamentar a jornalistas na segunda-feira (28/10).
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também criticou o baixo desempenho do partido nas eleições municipais, e afirmou que o partido permanece no Z4, ao fazer referência aos times na zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Brasileirão.
“O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas, na minha avaliação, não saiu ainda do Z4 que entrou em 2016, nas eleições municipais. Então, teve conquistas importantes, a eleição na capital, elegeu cidades importantes neste 2º turno, mas ainda tem um esforço de recuperação”, afirmou o ministro das Relações Institucionais.
PT x PL
O segundo turno das eleições municipais ocorreu no último domingo (27/10), quando 51 municípios, sendo 15 capitais, onde os eleitores escolheram os próximos prefeitos que irão comandar os municípios.
Em Fortaleza (CE), uma das maiores capitais do Nordeste, o PT conquistou a prefeitura com uma diferença de 10.838 votos em relação ao candidato adversário. O deputado estadual Evandro Leitão (PT) levou o município com 50,38% dos votos válidos, já o deputado federal André Fernandes (PL) conseguiu 49,62% dos votos válidos.
Um cenário pareceu se repetir em Cuiabá (MT), onde o deputado federal Abilio Brunini (PL) levou a capital com 53,80% dos votos válidos, contra 46,20% obtidos por Lúdio (PT). A diferença de votos conquistados pelos candidatos foi de 24.197.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve mais afastado das eleições municipais, marcando presença apenas em locais estratégicos, como Fortaleza. No entanto, o petista alocou o maior esforço na disputa por São Paulo, onde o partido apoiou a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP), que foi derrotado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).
Apesar de não ter candidatura própria em São Paulo, o PT indicou a vice de Boulos, Marta Suplicy.
Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou para diferentes regiões do país com o intuito de eleger aliados. O ex-chefe do Executivo, inclusive, ampliou um embate que estava adormecido com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Em Goiânia, Bolsonaro apoiou a candidatura de Fred Rodrigues (PL), enquanto Caiado trabalhou na campanha de Sandro Mabel (União), que levou a prefeitura ao conquistar 55,53% dos votos válidos no segundo turno. O embate entre o ex-presidente e o governador de Goiás demonstrou um racha na direita brasileira, em que Caiado tem se colocado como um possível candidato ao Palácio do Planalto em 2026.