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Veja diferenças entre vacinação de crianças e adultos contra Covid-19

Intervalo entre as duas doses será de 21 dias. Vacina deverá ser aplicada em dosagem reduzida, de 10 µg (microgramas), em vez de 30 µg

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Começa a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes com 17 anos. ( UBS 1 do Núcleo Bandeirante )
1 de 1 Começa a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes com 17 anos. ( UBS 1 do Núcleo Bandeirante ) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (16/12), a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A liberação deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) ainda hoje.

A partir de agora, cabe ao Ministério da Saúde decidir quando a imunização deste público deve ser iniciada. Para proteger as crianças desta faixa etária contra a Covid-19, a Anvisa estabeleceu uma série de regras.

As principais são sobre o intervalo entre as duas doses, que será de 21 dias; e sobre a dosagem dos imunizantes, que será de 10 µg (microgramas). Em adultos, a aplicação é de 30 µg (microgramas)

O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que, mesmo com a diminuição da dosagem, a proteção contra a Covid segue garantida para as crianças.

Para evitar que as vacinas sejam trocadas no momento da aplicação, o frasco de imunizantes terá cores diferentes: as doses para adultos terão embalagem roxa, e as infantis terão rótulo laranja.

O armazenamento dos dois imunizantes também deverá seguir protocolos diferentes: as vacinas para adultos devem ser guardadas por até 1 mês em temperatura de 2ºC a 8ºC; as infantis podem ser armazenadas na mesma temperatura, porém, por um prazo maior, de 10 semanas.

Veja as principais diferenças entre as vacinas da Pfizer para adultos e crianças:

Outras regras

A gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Suzie Marie, ressaltou que crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem finalizar o esquema com a dose pediátrica.

Outra recomendação, frisada pela diretora Meiruze Freitas, é de que a imunização das crianças só seja iniciada quando o Ministério da Saúde finalizar o treinamento das equipes de saúde responsáveis pela vacinação das crianças.

Ela explicou que a maior parte dos efeitos adversos notificados durante os estudos clínicos se devem à aplicação incorreta das vacinas.

A gestora também orientou que a vacina contra a Covid não seja aplicada na mesma ocasião que outras vacinas do Calendário Nacional de Imunização contra a Covid. Além disso, o ambiente de imunização deve ser “acolhedor e seguro” para a população pediátrica.

Início da imunização

Apesar da autorização da Anvisa, divulgada nesta quinta, ainda não há expectativa para o início da imunização de crianças no Brasil. Cabe ao Ministério da Saúde adquirir doses para este público e incluí-lo no Programa Nacional de Imunização contra a Covid.

Em nota divulgada à imprensa nesta semana, a Pfizer afirmou que o contrato mais recente firmado com o governo federal, para compra de 100 milhões de doses em 2022, permite a modificação das vacinas para diferentes faixas etárias.

Na prática, caso o Ministério da Saúde decida incluir as crianças no PNI no próximo ano, a farmacêutica poderá fornecer doses específicas para este grupo, seguindo o acordo firmado com o governo. No entanto, nenhuma vacina com dosagem especial foi enviada ao Brasil até o momento.

“O terceiro contrato assinado com o governo brasileiro no dia 29 de novembro de 2021 para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para o ano de 2022 também inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde”, informou o laboratório.

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