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Veja conversas do cabo da Marinha preso por armar drones para o CV

Rian Maurício foi preso nesta semana e, em algumas das conversas interceptadas, diz: “Precisamos comprar o dispensador, chefe”

atualizado

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Cabo da Marinha Rian Maurício Tavares Mota
1 de 1 Cabo da Marinha Rian Maurício Tavares Mota - Foto: Reprodução

cabo da Marinha Rian Maurício Tavares, preso na última segunda-feira (16/9) por encomendar dispositivos específicos para armar drones com granada para a facção carioca Comando Vermelho (CV), teve conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF). Nos áudios, ele explica como o dispositivo agiria e quais materiais eram necessários para a construção da ferramenta.

“Nós precisamos comprar o dispensador, chefe. É um dispositivo que bota no drone, que ele libera a granada, entendeu? Sendo que vem um cabinho segurando no pino, né? Bota o pino no drone e a granada nesse dispositivo”, disse o cabo. As informações foram reveladas pelo programa de TV Fantástico.

Rian Tavares complementou explicando como o dispositivo funcionava.

“Quando liberar, vai liberar a granada e o pino vai ficar preso no drone, entendeu? Vai cair lá. A granadinha pequena. Quando eles tiver de bolinho, eu subo e jogo. Só que era bom nós testar aqui no mato, pelo menos uma, duas vezes para ver como que vai ser”, completou.

Uma imagem de julho deste ano mostrou o artefato preso em um drone que pairava sobre comunidades na zona norte do Rio de Janeiro. A estrutura era um explosivo usado por traficantes da Favela do Quitungo para atacar a facção rival no Complexo de Israel.

Em outro trecho da conversa, o suspeito revelava o cronograma da entrega dos dispositivos a um dos chefes do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, o Doca.

“Aí, pai. Esse é o dispositivo que tem que colocar. Aí, esse valor aí, eu liguei para lá, a gente comprando hoje, chega amanhã ou depois de amanhã no máximo”, diz Rian.

Como resposta, Doca diz: “Demorou. Só vê a granada que nós coloca. Já é, vamos fazer o teste”.

O cabo da Marinha também usava o drone para monitorar o deslocamento dos inimigos e informar a facção.

“Só falta a ação. Nossos caras têm que tá lá antes dos caras brotar. Não é depois. Os caras vão tá entocado à noite, os caras também não é bobo, né?”, falou.

Rian encaminhava áudios para orientar a fuga dos traficantes.

“Visão, meus amigos. Realmente é o caveirão que está na BR, pegou a visão e as barcas da choque e, nesse exato momento, tá entrando mais barca da choque com os cana em cima na gaiola, em cima na gaiola. Os cana tá tudo encapuzado, tudo de touca ninja”, diz em um áudio.

Um dos áudios revelados mostra Rian conversando sobre uma possível prisão com o pai.

“Então, pai, resumindo: deu alguma coisa, o senhor já pode procurar por ele (advogado), entendeu? Mas não vai dar, não. Se Deus quiser, vou continuar com a minha vida norma, tá?”, comunicou o Cabo.

Rian Maurício Tavares Mota foi preso na semana passada, dentro do quartel, enquanto trabalhava na sede do Comando da Força de Superfície, em Niterói.

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