Veja como adotar um bichinho resgatado em Petrópolis
RJPET e PetMóvel já recolheram mais de 200 animais desde o temporal da última terça-feira (15/2); é possível adotar no Rio e em Petrópolis
atualizado
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Rio de Janeiro – A chuva em Petrópolis, na região serrana do Rio, deixou outras vítimas além de mortos, desaparecidos e desabrigados: os animais. O RJPET, projeto do governo do estado, em parceria com o Sesc Quitandinha e ONGs da região, resgatam os animais, cuidam, tentam encontrar seus donos e encaminham para adoção.
Mais de 500 animais vítimas das chuvas de Petrópolis já foram resgatados, cerca de 200 deles foram amparados pela Secretaria Estadual de Agricultura, responsável pelas políticas Públicas de Proteção e Bem-estar Animal (RJPET), em parceria com o Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD).
Como muitas famílias estão em buscas dos animais perdidos, os bichinhos resgatados estão sendo levados inicialmente para clínicas veterinárias parceiras e, em seguida, para lares temporários. Se a família desse pet não for encontrada, o bichinho “órfão” será redirecionado para ONGs voluntárias, para serem adotados.
Como esses grupos ainda estão em busca dos donos dos animais, nem todos estão em processo de adoção. A maioria dos bichinhos resgatados e prontos para receber um novo lar está na Clinipet Veterinária Popular (24 98831-6821), em Petrópolis.
Já no município do Rio, a Clínica Veterinária e Petshop Village (21 2465-6661), na Ilha do Governador, está acolhendo esses animais. Pelo menos nove gatos e um filhote de cachorro já estão disponíveis para adoção. Para saber mais informações e como ajudar, entre em contato por WhatsApp com o RioPet (21 97979-8484).
O corretor de imóveis Willian Wegner, de 47 anos, que já tinha um cachorro e um gato adotado, viu a situação de Petrópolis e decidiu adotar mais um pet na clínica da Ilha do Governador. “Essa foi a forma que encontrei para ajudar. Como já tenho um cachorrinho, é bom que vai ser companhia para ele. Essa foi a forma que eu e minha família encontramos de contribuir com tudo isso. Uma ajuda séria, responsável e que vai ficar com a gente por pelo menos 10 anos”, disse Willian ao Metrópoles.
Trato completo
Assim que esse bichinho é resgatado e encontra uma vaga nas ONGs parceiras, lares temporários, ou clínicas veterinárias, ele é encaminhado direto para o PetMóvel, um ônibus estacionado no Quitandinha, que oferece cuidados básicos, como banho, tosa corte de unhas e higiene completa, para voltar para seus donos ou serem recebidos em um novo lar.
“Os animais saem do local do resgate, muito sujos, e essa parceria com o Sesc está sendo muito importante para os pets que também são vítimas das fortes chuvas em Petrópolis”, disse o secretário Marcelo Queiroz, responsável pelo RJPET.
Para os animais que já estão com seus donos, mas precisam receber esses cuidados, o banho está liberado diariamente, das 9 às 17h.
Na avaliação de Carla Assis, responsável pelo GRAD, o cenário é bem parecido com a tragédia de 2011 que atingiu a região serrana: “Nosso trabalho é resgatar esses animais atingidos, e principalmente dar assistência às famílias, para que esses pets não sejam mais uma preocupação nesse momento tão difícil”.
Quem não pode adotar, mas deseja ajudar de alguma forma, o RioPet informou que ração para cães são sempre bem-vindas, mas para os gatos tem sido a maior necessidade. Em parceria com a ONG Rio Eco Pets, vários pontos de doação foram espalhados pelo Rio de Janeiro, além do ponto central do Governo do Estado em Petrópolis.
Toda doação será destinada para ONG Dogs Haven que fica localizada em Petrópolis e está responsável pela distribuição.