Vazamentos representam assassinato político de Temer, diz Jungmann
Declaração do ministro diz respeito a supostos dados divulgados pela imprensa sobre inquérito sigiloso que investiga o presidente
atualizado
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Titular do Ministério da Segurança Pública, ao qual a Polícia Federal (PF) está vinculada, o ministro Raul Jungmann afirmou nesta segunda-feira (11/6) que vazamentos de dados sobre o inquérito responsável por investigar o presidente da República, Michel Temer (MDB), representam um assassinato moral e político do emedebista. Segundo o líder da pasta, o chefe do Executivo nacional é vítima de injustiças.
Jungmann ponderou que não se refere à PF, mas a todas instituições responsáveis por manter dados sigilosos. De acordo com o ministro, não só Temer, bem como outros políticos são alvos de “campanha diária” por meio do vazamento de dados de diligências confidenciais.“O presidente tem tido um comportamento impecável e respeitoso a todas as regras relacionadas aos processos que enfrenta. A injustiça vem dos vazamentos diários, e não tem contraparte em termo de detalhes. Vazamentos representam um assassinato civil e político de Temer”, afirmou o ministro.
“Não estou fazendo qualquer reparo ao devido processo legal”, afirmou o ministro. “É algo que agride a consciência de Justiça. Se, ao final, alguém é absolvido, quem vai ressarcir por tudo o que foi passado? Se for culpado, o processo já é a pena”, acrescentou.
Pesquisa
Sobre a impopularidade de Michel Temer – que chegou a 82% na última pesquisa Datafolha –, Jungmann afirmou: “[A popularidade] vem e vai”. Para o titular da Pasta de Segurança Pública, o governo do presidente “enfrentou muita dificuldade” e “tomou medidas que contrariaram o interesse de corporações”.