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Vaticano se oferece para mediar conflito entre Israel e Hamas

“Prioridade é a libertação dos reféns, a Santa Sé está pronta para qualquer mediação necessária”, disse Secretário de Estado do Vaticano

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1 de 1 imagem colorida cardeal secretario de estado do Vaticano - Foto: Reprodução/Vaticano News

O Vaticano se ofereceu para mediar o conflito entre Israel e o Hamas. De acordo com o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, é preciso chegar à uma solução para permitir “que palestinos e israelenses vivam lado a lado, em paz e segurança”. Nesta semana, o papa Francisco já havia pedido o fim da guerra e a libertação “imediata” dos reféns. 

“A Santa Sé está pronta para qualquer mediação necessária, como sempre. Parece-me que a maior justiça possível na Terra Santa é a criação de dois Estados, que permitiria que palestinos e israelenses vivessem lado a lado, em paz e segurança, atendendo às aspirações da maioria deles”, apontou Parolin.

Segundo ele, a solução é prevista pela comunidade internacional. “Ultimamente tem parecido para alguns, de ambos os lados, não [parece a] mais viável. Para outros, ela nunca foi. A Santa Sé está convencida do contrário e continua a apoiá-la”, disse o cardeal.

Ataques desumanos, diz Vaticano

Em conversa com a mídia do Vaticano, Pietro Parolin afirmou que o ataque realizado pelo Hamas no último sábado (8/10), contra israelenses, foi desumano.

“A Santa Sé expressa sua total e firme condenação. Além disso, estamos preocupados com os homens, mulheres, crianças e idosos que estão sendo mantidos como reféns em Gaza. Expressamos nossa proximidade com as famílias afetadas, a grande maioria das quais é judia, e oramos por elas, por aqueles que ainda estão em choque e pelos feridos”, declarou.

“É necessário recuperar o senso de razão, abandonar a lógica cega do ódio e rejeitar a violência como solução. O atacado tem o direito de se defender, mas a autodefesa também deve respeitar o parâmetro da proporcionalidade”, continuou.

Parolin disse não saber qual é o espaço para o diálogo entre Israel e a milícia do Hamas. “Mas se houver, e esperemos que haja, ele deve ser buscado imediatamente e sem demora. Isso é para evitar mais derramamento de sangue, como está acontecendo em Gaza, onde há muitas vítimas civis inocentes como resultado dos ataques do exército israelense”, disse o cardeal.

Preocupação com reféns

Parolin reforçou que o centro do problema, criado pelo ataque do Hamas, é a libertação dos reféns e a proteção das vidas inocentes em Gaza.

“Eles estão no centro das preocupações de todos nós, do Papa e de toda a comunidade internacional. Enquanto isso, a Santa Sé procura conversar com as organizações cujos canais já estão abertos. Qualquer mediação para pôr fim ao conflito deve, no entanto, levar em conta uma série de elementos que tornam a questão muito complexa e articulada, como a questão dos assentamentos israelenses, a segurança e a questão da cidade de Jerusalém”, completou.

 

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