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“Vários sonhos interrompidos”, diz irmão de travesti assassinada em GO

Hevelyn Montine, de 30 anos, foi morta com três tiros em Rio Verde (GO). Assassino confesso disse que queria dar só um “corretivo” nela

atualizado

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Arquivo pessoal
Hevelyn travesti morta Rio Verde Goias
1 de 1 Hevelyn travesti morta Rio Verde Goias - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – Familiares e amigos de Hevelyn Montine Santos, de 30 anos, assassinada em Rio Verde, sudoeste de Goiás, lutam por Justiça e reivindicam que o autor do crime responda ao processo preso.

“A gente quer que ele responda o processo preso. Ele interrompeu vários sonhos. A família quer justiça”, defendeu o irmão de Hevelyn, o decorador Matheus Silva Santos, de 24 anos.

O assassino confesso da travesti procurou a delegacia de Rio Verde esta semana e disse que inicialmente espancou a vítima para dar um “corretivo”, mas teria atirado três vezes porque ela teria reagido com uma arma branca.

5 imagens
Hevelyn em confraternização com a família de Santa Helena de Goiás
Polícia investiga homicídio de Hevelyn Montine
Hevelyn ao lado do irmão Matheus. "Ela sempre dizia que estava na melhor versão"
Corpo de Hevelyn foi encontrado em zona rural, apenas com a parte de cima da roupa íntima
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Travesti foi encontrado apenas com parte de cima das roupas íntimas

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Hevelyn em confraternização com a família de Santa Helena de Goiás

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Polícia investiga homicídio de Hevelyn Montine

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Hevelyn ao lado do irmão Matheus. "Ela sempre dizia que estava na melhor versão"

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Corpo de Hevelyn foi encontrado em zona rural, apenas com a parte de cima da roupa íntima

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Ele afirmou que teria ficado revoltado porque o filho teria visto as partes íntimas da mulher. O autor responde em liberdade, mas pode ser preso preventivamente, segundo a Polícia Civil. Hevelyn foi encontrada morta em um matagal na beira da rodovia BR-174, no dia 4 de setembro.

Sonhos interrompidos

Hevelyn nasceu em Santa Helena de Goiás e morava em Rio Verde há seis anos. As cidades, marcadas pelo agronegócio, são vizinhas. A travesti era conhecida pela comunidade LGBT. Um vídeo na internet mostra ela dançando o estilo “bate cabelo” em um palco na Parada LGBT de Rio Verde em 2013.

Matheus contou que a irmã sonhava em fazer cirurgias plásticas e se preparava para tirar a carteira de motorista e comprar um carro. Ela é de uma família de quatro irmãos e a mãe faleceu em 2015. A vítima também ajudava financeiramente um irmão que mora em Santa Helena e tem um bebê.

Justiça

Desde o dia da morte de Hevelyn, familiares e amigos estão fazendo uma campanha nas redes sociais pedindo Justiça para o caso. Matheus contou que ela não relatou nenhum tipo de ameaça antes de ser morta, nem parecia estar em perigo.

“Ela sempre dizia que estava na melhor versão dela, vivendo como se não houvesse amanhã.”

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